PURIFICAÇÃO DE ÓLEOS VEGETAIS POR EXTRAÇÃO COM CO2 SUPERCRÍTICO

Este estudo constatou a possibilidade de extrairem-se ácidos graxos livres de óleos vegetais com CO2 supercrítico. Utilizou-se neste trabalho óleos de soja e de castanha do Pará. A pesquisa desenvolveu-se em duas etapas, inicialmente investigou-se a possibilidade de se extrairem os ácidos graxos des...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Pedro L. M. PENEDO, Gerson L. V. COELHO
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos 1997-12-01
Series:Food Science and Technology
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20611997000400007
Description
Summary:Este estudo constatou a possibilidade de extrairem-se ácidos graxos livres de óleos vegetais com CO2 supercrítico. Utilizou-se neste trabalho óleos de soja e de castanha do Pará. A pesquisa desenvolveu-se em duas etapas, inicialmente investigou-se a possibilidade de se extrairem os ácidos graxos destes óleos em condições de extração que variaram de 50-140 bar e de 40-80oC durante 40-160 minutos. Concluiu-se que é possível realizar a desacidificação de óleos vegetais. A eficiência da extração foi de aproximadamente 30% a 140 bar e 80oC para ambos os óleos. Após esta primeira etapa, o próximo passo foi a tentativa de obter-se um aumento na eficiência do processo promovendo a pré-degomagem nos óleos brutos como uma etapa anterior ao processo de desacidificação com CO2 supercrítico. A degomagem foi realizada através de dois métodos diferentes, um para extrair as gomas hidratáveis e outro para extrair tanto as hidratáveis como as não-hidratáveis. Os resultados experimentais foram obtidos a 140 bar e 80oC durante 40-160 minutos, mostrando que a pré-degomagem é realmente necessária, pois a eficiência da extração aumentou para 57% para o óleo de soja e 42% para o de castanha do Pará totalmente degomados, sendo que o método escolhido deve extrair tanto as gomas hidratáveis como as não-hidratáveis. Finalmente, utilizou-se cossolvente (etanol a 1-5% do peso do óleo) para auxiliar a extração, observando-se um aumento na eficiência para aproximadamente 65% para o óleo de soja e 56% para o de castanha do Pará totalmente degomados a 140 bar e 80oC por 40-160 minutos.<br>Purification of Vegetable Oils using Supercritical CO2. This work presents a study on the extraction of free fatty acids from crude soy and Brazil nut oils, using supercritical carbon dioxide. It was developed in two stages, at first moment we verified the possibility to extract free fatty acids from these oils and then the extraction conditions were evaluated at pressures changing between 50-140 bar and temperatures between 40-80oC during 40-160 minutes. It was concluded that it is possible to promote the deacidification of vegetable oils. Experimental data has shown that an increase in pressure produces a significant increase in extraction yield, but an increase in temperature is not so signifcant, and the extraction yield was not satisfactory, it was around 30% under 140 bar and 80oC to both oils. This process was optimized by degumming crude vegetable oils before the deacidification using supercritical carbon dioxide. The degumming was performed by through two different methods, one for hydratable gums and other for nonhydratable gums. Experimental data was obtained under 140 bar and 80oC during 40-160 minutes and showed that the degumming was really necessary before the deacidification in supercritical carbon dioxide. The extraction yield increased to around 57% for soy oil and 42% for Brazil nut oil. The best method of degumming must remove as much hydratables gums as nonhydratables gums. Finally we used cossolvent (ethanol 1-5% of oil weight) to aid in the extraction, and the extraction yield increased to around 65% to soy oil and 56% to Brazil nut oil, totally deggumed.
ISSN:0101-2061
1678-457X