Redobro de clítico em português europeu
Este artigo investiga a construção de redobro de clítico (RC) em português europeu (PE), que se caracteriza pela dupla expressão de um argumento através de um clítico e de um pronome forte. Em PE, esta construção manifesta-se obrigatoriamente em contextos discursivos e sintáticos em que o clítico,...
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Universidade de Santiago de Compostela
2019-07-01
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Series: | Estudos de Linguistica Galega |
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doaj-695c203b55d346e9876f55d46bcd3b082021-04-09T07:47:34ZcatUniversidade de Santiago de CompostelaEstudos de Linguistica Galega1889-25661989-578X2019-07-011110.15304/elg.11.5054Redobro de clítico em português europeuCatarina Magro0Centro de Linguística da Universidade de Lisboa Este artigo investiga a construção de redobro de clítico (RC) em português europeu (PE), que se caracteriza pela dupla expressão de um argumento através de um clítico e de um pronome forte. Em PE, esta construção manifesta-se obrigatoriamente em contextos discursivos e sintáticos em que o clítico, enquanto elemento átono e necessariamente adjacente a um hospedeiro verbal, não pode receber acento prosódico nem participar em construções que requerem autonomia morfossintática. O padrão altamente restritivo da configuração de redobro nesta língua opõe o PE a outras línguas românicas, como o espanhol ou o romeno, em que o RC pode manifestar-se opcionalmente com expressões nominais plenas. Neste trabalho, procuro explicar o contraste entre o RC em PE e noutras línguas propondo que à designação de RC correspondem duas construções distintas. Concretamente, defendo que em PE o clítico não é a manifestação do redobro de um argumento, como é tradicionalmente assumido nas análises para outras línguas, mas o próprio argumento redobrado. Na análise que apresento, clítico e pronome forte estão associados por movimento e a configuração de redobro resulta da produção das duas cópias da cadeia de movimento para satisfação de um requisito em PF. O RC em PE é, nesta perspetiva, um fenómeno de interface que envolve duas operações independentemente motivadas: o movimento sintático do clítico para cliticização ao hospedeiro verbal e a realização do pronome forte em PF para atribuição de acento prosódico. https://revistas.usc.gal/index.php/elg/article/view/5054redobro de clíticoquantificadores flutuantespronomes enfáticosacento prosódicoportuguês europeu |
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Este artigo investiga a construção de redobro de clítico (RC) em português europeu (PE), que se caracteriza pela dupla expressão de um argumento através de um clítico e de um pronome forte. Em PE, esta construção manifesta-se obrigatoriamente em contextos discursivos e sintáticos em que o clítico, enquanto elemento átono e necessariamente adjacente a um hospedeiro verbal, não pode receber acento prosódico nem participar em construções que requerem autonomia morfossintática. O padrão altamente restritivo da configuração de redobro nesta língua opõe o PE a outras línguas românicas, como o espanhol ou o romeno, em que o RC pode manifestar-se opcionalmente com expressões nominais plenas. Neste trabalho, procuro explicar o contraste entre o RC em PE e noutras línguas propondo que à designação de RC correspondem duas construções distintas. Concretamente, defendo que em PE o clítico não é a manifestação do redobro de um argumento, como é tradicionalmente assumido nas análises para outras línguas, mas o próprio argumento redobrado. Na análise que apresento, clítico e pronome forte estão associados por movimento e a configuração de redobro resulta da produção das duas cópias da cadeia de movimento para satisfação de um requisito em PF. O RC em PE é, nesta perspetiva, um fenómeno de interface que envolve duas operações independentemente motivadas: o movimento sintático do clítico para cliticização ao hospedeiro verbal e a realização do pronome forte em PF para atribuição de acento prosódico.
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