Esquistossomose mansônica no estado da Bahia, Brasil: tendências históricas e medidas de controle
Visando a contribuir para o aperfeiçoamento das estratégias de controle da esquistossomose mansônica, foram estudadas as modificações no padrão de distribuição das prevalências municipais no Estado da Bahia no período de 1950 a 1994, seus determinantes e o efeito da quimioterapia em larga escala. Ve...
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz
|
Series: | Cadernos de Saúde Pública |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1994000400002&lng=en&tlng=en |
id |
doaj-716f84df5ef74200bf24f488d1df0aeb |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-716f84df5ef74200bf24f488d1df0aeb2020-11-25T01:22:48ZengEscola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo CruzCadernos de Saúde Pública1678-4464104425439S0102-311X1994000400002Esquistossomose mansônica no estado da Bahia, Brasil: tendências históricas e medidas de controleEduardo H. Carmo0Maurício L. Barreto1Universidade Federal da BahiaUniversidade Federal da BahiaVisando a contribuir para o aperfeiçoamento das estratégias de controle da esquistossomose mansônica, foram estudadas as modificações no padrão de distribuição das prevalências municipais no Estado da Bahia no período de 1950 a 1994, seus determinantes e o efeito da quimioterapia em larga escala. Verificou-se redução da prevalência média de esquistossomose para o estado como um todo, de 15,6% para 9,5%, no período de estudo. Não foram observadas modificações substanciais no padrão básico de distribuição espacial da prevalência. Entretanto, em municípios do oeste, sudoeste e litoral norte do estado, verificou-se aumento da prevalência, indicando o surgimento de novas áreas de transmissão. Comparando-se as variações das prevalências municipais de acordo com a utilização da quimioterapia em larga escala, verificou-se que houve redução na Bacia do Paraguaçu, onde vem sendo intensamente adotada tal medida, em proporção semelhante ao que foi observado para algumas áreas sem quimioterapia. As análises de correlação e regressão utilizadas não evidenciaram associação entre a quimioterapia e a variação da prevalência, observando-se correlações significativas entre esta última variável e a dinâmica populacional. Esses resultados indicam que a redução da prevalência de esquistossomose no estado não pode ser atribuída exclusivamente à utilização de quimioterapia, mas deve contemplar a articulação com os fatores relacionados à organização do espaço, que contribuem para diminuir o risco de transmissão. A forma incompleta e espacialmente desigual que caracteriza o processo de urbanização, aliada à intensa mobilidade da população, possibilita a disseminação da esquistossomose mansônica para novas áreas de transmissão, como evidenciado no Estado da Bahia.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1994000400002&lng=en&tlng=enEsquistossomoseSchistosoma mansoniControleTendências HistóricasDistribuição EspacialAvaliação Epidemiológica |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Eduardo H. Carmo Maurício L. Barreto |
spellingShingle |
Eduardo H. Carmo Maurício L. Barreto Esquistossomose mansônica no estado da Bahia, Brasil: tendências históricas e medidas de controle Cadernos de Saúde Pública Esquistossomose Schistosoma mansoni Controle Tendências Históricas Distribuição Espacial Avaliação Epidemiológica |
author_facet |
Eduardo H. Carmo Maurício L. Barreto |
author_sort |
Eduardo H. Carmo |
title |
Esquistossomose mansônica no estado da Bahia, Brasil: tendências históricas e medidas de controle |
title_short |
Esquistossomose mansônica no estado da Bahia, Brasil: tendências históricas e medidas de controle |
title_full |
Esquistossomose mansônica no estado da Bahia, Brasil: tendências históricas e medidas de controle |
title_fullStr |
Esquistossomose mansônica no estado da Bahia, Brasil: tendências históricas e medidas de controle |
title_full_unstemmed |
Esquistossomose mansônica no estado da Bahia, Brasil: tendências históricas e medidas de controle |
title_sort |
esquistossomose mansônica no estado da bahia, brasil: tendências históricas e medidas de controle |
publisher |
Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz |
series |
Cadernos de Saúde Pública |
issn |
1678-4464 |
description |
Visando a contribuir para o aperfeiçoamento das estratégias de controle da esquistossomose mansônica, foram estudadas as modificações no padrão de distribuição das prevalências municipais no Estado da Bahia no período de 1950 a 1994, seus determinantes e o efeito da quimioterapia em larga escala. Verificou-se redução da prevalência média de esquistossomose para o estado como um todo, de 15,6% para 9,5%, no período de estudo. Não foram observadas modificações substanciais no padrão básico de distribuição espacial da prevalência. Entretanto, em municípios do oeste, sudoeste e litoral norte do estado, verificou-se aumento da prevalência, indicando o surgimento de novas áreas de transmissão. Comparando-se as variações das prevalências municipais de acordo com a utilização da quimioterapia em larga escala, verificou-se que houve redução na Bacia do Paraguaçu, onde vem sendo intensamente adotada tal medida, em proporção semelhante ao que foi observado para algumas áreas sem quimioterapia. As análises de correlação e regressão utilizadas não evidenciaram associação entre a quimioterapia e a variação da prevalência, observando-se correlações significativas entre esta última variável e a dinâmica populacional. Esses resultados indicam que a redução da prevalência de esquistossomose no estado não pode ser atribuída exclusivamente à utilização de quimioterapia, mas deve contemplar a articulação com os fatores relacionados à organização do espaço, que contribuem para diminuir o risco de transmissão. A forma incompleta e espacialmente desigual que caracteriza o processo de urbanização, aliada à intensa mobilidade da população, possibilita a disseminação da esquistossomose mansônica para novas áreas de transmissão, como evidenciado no Estado da Bahia. |
topic |
Esquistossomose Schistosoma mansoni Controle Tendências Históricas Distribuição Espacial Avaliação Epidemiológica |
url |
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1994000400002&lng=en&tlng=en |
work_keys_str_mv |
AT eduardohcarmo esquistossomosemansonicanoestadodabahiabrasiltendenciashistoricasemedidasdecontrole AT mauriciolbarreto esquistossomosemansonicanoestadodabahiabrasiltendenciashistoricasemedidasdecontrole |
_version_ |
1725125393866817536 |