Ser trabalhadora remunerada ou dona de casa associa-se à qualidade de vida relacionada à saúde?

Resumo: Considerando que não há estudos brasileiros que avaliem a relação entre a inserção no mercado de trabalho e a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de mulheres, objetivou-se com a presente pesquisa verificar se existe associação entre ter ou não trabalho remunerado e a QVRS das mulher...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Caroline Senicato, Margareth Guimarães Lima, Marilisa Berti de Azevedo Barros
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz 2016-01-01
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016000805001&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Resumo: Considerando que não há estudos brasileiros que avaliem a relação entre a inserção no mercado de trabalho e a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de mulheres, objetivou-se com a presente pesquisa verificar se existe associação entre ter ou não trabalho remunerado e a QVRS das mulheres, e, se o estrato socioeconômico modifica esta associação. Trata-se de estudo transversal de base populacional com amostra de 668 mulheres de 18 a 64 anos do Inquérito de Saúde de Campinas (ISACamp 2008/2009), utilizando-se o SF-36 para avaliar a QVRS. Ser dona de casa esteve associado à pior QVRS, sobretudo nos aspectos mentais, mas esta associação é modificada pelo nível socioeconômico. Nos segmentos de intermediária e baixa escolaridade e renda familiar, as donas de casa apresentaram pior QVRS que as trabalhadoras remuneradas, mas não houve diferença entre os dois segmentos nos estratos de alta escolaridade e renda. A pior QVRS das donas de casa enfatiza a importância de políticas públicas que visem a ampliar as oportunidades de inserção da mulher no mercado de trabalho e de acesso à educação.
ISSN:1678-4464