Percepção dos profissionais de saúde e gestores sobre a atenção em hanseníase na Estratégia Saúde da Família

Objetivo: Conhecer a percepção dos profissionais de saúde e gestores sobre a atenção em hanseníase na Estratégia Saúde da Família. Métodos: Pesquisa de abordagem qualitativa realizada a partir de entrevistas semiestruturadas, no período de julho a agosto de 2016, junto aos profissionais de nível sup...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Odete Andrade Girão Neta, Gisele Maria Melo Soares Arruda, Mariza Maria Barbosa Carvalho, Raimunda Rosilene Magalhães Gadelha
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de Fortaleza 2017-06-01
Series:Revista Brasileira em Promoção da Saúde
Subjects:
Online Access:http://periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/6155
Description
Summary:Objetivo: Conhecer a percepção dos profissionais de saúde e gestores sobre a atenção em hanseníase na Estratégia Saúde da Família. Métodos: Pesquisa de abordagem qualitativa realizada a partir de entrevistas semiestruturadas, no período de julho a agosto de 2016, junto aos profissionais de nível superior que atuam nas equipes de referência em Saúde da Família e Núcleo de apoio à Saúde da Família (NASF), assim como seus respectivos coordenadores na cidade de Morada Nova, Ceará, Brasil. O corpus de dados sofreu análise de conteúdo. Resultados: Evidenciou-se que a atenção em hanseníase no município é realizada de maneira centralizada sob a responsabilidade de um único profissional especialista e sem participação efetiva da Estratégia Saúde da Família (ESF). A colaboração interprofissional não se efetiva e não existem espaços formais para diálogo e discussão de caso entre a equipe. Os principais desafios relatados pelos entrevistados foram com relação à centralização do serviço, à adesão dos usuários às atividades de prevenção e tratamento desenvolvidas, e à falta de apoio da gestão municipal. Conclusão: Identificou-se que esse modo de organização da atenção em hanseníase impacta em vários aspectos do processo de trabalho e cuidado, influenciando de maneira negativa a prevenção, a vigilância e o acompanhamento em hanseníase no município, bem como favorecendo o modelo biomédico hegemônico e mantendo a crítica situação epidemiológica da região. Sugere-se que estudos futuros correlacionem o modo de organização do cuidado em hanseníase na ESF com a situação epidemiológica dos territórios, subsidiando mudanças assistenciais.
ISSN:1806-1230