Os “ribeirinhos" do Pantanal Norte: as espacializações locais e as relações de gênero (1870-1930)
O objetivo deste artigo é discutir e analisar a relação estabelecida entre a sociedade e a natureza na extensa área alagável do Pantanal Norte, tendo um interesse maior pelos moradores da beira dos rios São Lourenço e Cuiabá, entre os anos de 1870 a 1930, chamados externamente de “ribeirinhos”. Nest...
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Universidade Federal da Grande Dourados
2011-06-01
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doaj-b297c84a9ea64556b97640eafe0c8ed32020-11-24T21:55:24ZporUniversidade Federal da Grande DouradosFronteiras2175-07422011-06-011222175202661Os “ribeirinhos" do Pantanal Norte: as espacializações locais e as relações de gênero (1870-1930)Ana Carolina da Silva Borges0Universidade Federal de Mato GrossoO objetivo deste artigo é discutir e analisar a relação estabelecida entre a sociedade e a natureza na extensa área alagável do Pantanal Norte, tendo um interesse maior pelos moradores da beira dos rios São Lourenço e Cuiabá, entre os anos de 1870 a 1930, chamados externamente de “ribeirinhos”. Neste artigo, analisamos o universo pantaneiro que os “ribeirinhos” ajudaram a compor, percebendo suas práticas diárias, seus saberes, seus valores e suas lógicas, após o fim da Guerra com o Paraguai (1870) e a reabertura da navegação fluvial, tendo em vista o aumento das relações de troca e comércio locais com as embarcações fluviais, que permitiram a intensificação da exploração dos recursos naturais e a alteração na paisagem pantaneira. Todavia essas modificações oriundas de um mercado mundial em expansão, carregadas de valores, normas e preceitos “modernos” e “civilizados” não atingiu o cotidiano dos “ribeirinhos” como uma pressão externa que impunha alterações bruscas e repentinas. Isto porque os “ribeirinhos” ao atualizar seus costumes o fizeram por meio de uma racionalidade local que escapava das formas de controle dos principais grupos políticos vigentes no período em questãohttp://ojs.ufgd.edu.br/index.php/FRONTEIRAS/article/view/787“Ribeirinhos”. Cotidiano. Pantanal. |
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O objetivo deste artigo é discutir e analisar a relação estabelecida entre a sociedade e a natureza na extensa área alagável do Pantanal Norte, tendo um interesse maior pelos moradores da beira dos rios São Lourenço e Cuiabá, entre os anos de 1870 a 1930, chamados externamente de “ribeirinhos”. Neste artigo, analisamos o universo pantaneiro que os “ribeirinhos” ajudaram a compor, percebendo suas práticas diárias, seus saberes, seus valores e suas lógicas, após o fim da Guerra com o Paraguai (1870) e a reabertura da navegação fluvial, tendo em vista o aumento das relações de troca e comércio locais com as embarcações fluviais, que permitiram a intensificação da exploração dos recursos naturais e a alteração na paisagem pantaneira. Todavia essas modificações oriundas de um mercado mundial em expansão, carregadas de valores, normas e preceitos “modernos” e “civilizados” não atingiu o cotidiano dos “ribeirinhos” como uma pressão externa que impunha alterações bruscas e repentinas. Isto porque os “ribeirinhos” ao atualizar seus costumes o fizeram por meio de uma racionalidade local que escapava das formas de controle dos principais grupos políticos vigentes no período em questão |
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