Qualidade da informação das estatísticas de mortalidade: códigos garbage declarados como causas de morte em Belo Horizonte, 2011-2013

Resumo: Objetivo: Avaliar a qualidade da informação sobre causas de óbito, identificando a frequência de códigos garbage (CG) em Belo Horizonte, Minas Gerais. Métodos: Foram selecionados óbitos de residentes, ocorridos de 2011 a 2013. As causas de óbito foram classificadas como CG, segundo a lis...

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Bibliographic Details
Main Authors: Lenice Harumi Ishitani, Renato Azeredo Teixeira, Daisy Maria Xavier Abreu, Lucia Maria Miana Mattos Paixão, Elisabeth Barboza França
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Series:Revista Brasileira de Epidemiologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2017000500034&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Resumo: Objetivo: Avaliar a qualidade da informação sobre causas de óbito, identificando a frequência de códigos garbage (CG) em Belo Horizonte, Minas Gerais. Métodos: Foram selecionados óbitos de residentes, ocorridos de 2011 a 2013. As causas de óbito foram classificadas como CG, segundo a lista do estudo Global Burden of Disease (GBD) 2015. Esses códigos foram agrupados em: CG do capítulo XVIII da CID-10 e CG de outros capítulos da CID-10. Foram calculadas as proporções de CG por sexo, faixa etária e local de ocorrência. Resultados: Em Belo Horizonte ocorreram 44.123 óbitos no período analisado, dos quais 30,5% tiveram sua causa classificada como CG. Maiores proporções desses códigos foram observadas em crianças de 1 a 4 anos e em maiores de 60 anos. Os principais CG foram: outras causas mal definidas e as não especificadas de mortalidade (R99), pneumonia não especificada (J18.9), acidente vascular cerebral não especificado como hemorrágico ou isquêmico (I64) e septicemias (A41.9). Em 28,7% dos óbitos ocorridos em hospitais, a causa básica do óbito foi por CG, sendo essa proporção maior para óbitos domiciliares (36,9%). Maior diferença foi observada para os CG do capítulo XVIII da CID-10: 1,7% em hospitais e 16,9% para óbitos no domicílio. Conclusão: A magnitude dos CG nas estatísticas de mortalidade enfatiza sua importância na avaliação da qualidade da informação sobre causas de óbito.
ISSN:1980-5497