Índices de precipitação para o estado de Santa Catarina
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais. === O estado de Santa Catarina é afetado por uma diversidade de eventos, que podem estar...
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.unesc.net-1-56632018-07-29T04:18:48Z Índices de precipitação para o estado de Santa Catarina Gonçalves, Fabiane Nunes Back, Álvaro José Precipitação (Meteorologia) – Santa Catarina Precipitação (Meteorologia) – Variabilidade Mudanças climáticas Chuvas Catástrofes naturais Estiagem Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais. O estado de Santa Catarina é afetado por uma diversidade de eventos, que podem estar relacionados tanto a severas estiagens como a grandes inundações e enxurradas. Cenários climáticos projetam o aumento dessas situações extremas, portando se faz necessário estudar e caracterizar tais fenômenos em termos de frequência e intensidade. Desse modo, este trabalho teve como objetivo estudar a utilização de índices para caracterização de eventos extremos relacionados à distribuição da precipitação no estado de Santa Catarina. Foram utilizados os dados de precipitação diária, no período de janeiro de 1976 a dezembro de 2015, de dez estações pluviométricas distribuídas no estado de Santa Catarina. Os resultados mostraram que o maior valor do Índice de Concentração (IC) foi encontrado no litoral, indicando que 70% da precipitação total estão dentro de 25% dos dias mais chuvosos. As outras regiões apresentaram distribuição média da precipitação de acordo com a classificação de Martin-Vide (2004). O Índice de Anomalia de Chuva (IAC) anual apresentou 28 anos de anomalias negativas e 12 anos positivos, com variação entre -1,60 (classificado como seco) e 1,91 (classificado como chuvoso). Todas as regiões hidrográficas apresentaram mais ocorrências de anos de anomalias negativas. Os anos com maior ocorrência de desvios negativos foram 1978, 1991 e 2003. Já os meses com maior ocorrência de desvios negativos foram junho e julho. Em relação ao Índice de Precipitação Padronizada (IPP) a aplicação do teste de aderência Kolmogorov-Smirnov não rejeitou as distribuições gama ajustadas aos dados mensais de precipitação, tanto para o método dos momentos como para o método da máxima verossimilhança. Este índice é aplicável para qualquer escala de tempo, porém os eventos extremos são melhores identificados em escalas menores. O Índice de Concentração de Precipitação (ICP) definiu a variabilidade temporal das chuvas no estado como “uniforme”, tanto para a escala anual, quanto sazonal e semestral. Com relação aos resultados dos índices e a ocorrência do fenômeno ENOS, não se pode afirmar que existe correlação direta. Fazem-se necessários maiores estudos. O teste de Mann-Kendall apresentou maior frequência (40%) de tendência nas séries de IPP semestral. Contudo, essa constatação requer mais estudos para avaliar se estas tendências se referem a alterações no regime de precipitação ou se são somente aleatórias. No geral, o IC, IAC, IPP e ICP são métodos consistentes para o monitoramento das anomalias de chuva em Santa Catarina, respondendo bem à variabilidade de precipitação na área de estudo. Por utilizarem apenas dados de precipitação, apresentam simplicidade no cálculo e interpretação. No entanto, não são indicados para estudos relacionados à agricultura por não incluírem outros parâmetros, como evapotranspiração, temperatura e balanço hídrico. 2018-03-23T22:47:49Z 2018-03-23T22:47:49Z 2017 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://repositorio.unesc.net/handle/1/5663 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade do Extremo Sul Catarinense reponame:Repositório Institucional da UNESC instname:UNESC instacron:UNESC |
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Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências Ambientais. === O estado de Santa Catarina é afetado por uma diversidade de eventos, que podem estar relacionados tanto a severas estiagens como a grandes inundações e enxurradas. Cenários climáticos projetam o aumento dessas situações extremas, portando se faz necessário estudar e caracterizar tais fenômenos em termos de frequência e intensidade. Desse modo, este trabalho teve como objetivo estudar a utilização de índices para caracterização de eventos extremos relacionados à distribuição da precipitação no estado de Santa Catarina. Foram utilizados os dados de precipitação diária, no período de janeiro de 1976 a dezembro de 2015, de dez estações pluviométricas distribuídas no estado de Santa Catarina. Os resultados mostraram que o maior valor do Índice de Concentração (IC) foi encontrado no litoral, indicando que 70% da precipitação total estão dentro de 25% dos dias mais chuvosos. As outras regiões apresentaram distribuição média da precipitação de acordo com a classificação de Martin-Vide (2004). O Índice de Anomalia de Chuva (IAC) anual apresentou 28 anos de anomalias negativas e 12 anos positivos, com variação entre -1,60 (classificado como seco) e 1,91 (classificado como chuvoso). Todas as regiões hidrográficas apresentaram mais ocorrências de anos de anomalias negativas. Os anos com maior ocorrência de desvios negativos foram 1978, 1991 e 2003. Já os meses com maior ocorrência de desvios negativos foram junho e julho. Em relação ao Índice de Precipitação Padronizada (IPP) a aplicação do teste de aderência Kolmogorov-Smirnov não rejeitou as distribuições gama ajustadas aos dados mensais de precipitação, tanto para o método dos momentos como para o método da máxima verossimilhança. Este índice é aplicável para qualquer escala de tempo, porém os eventos extremos são melhores identificados em escalas menores. O Índice de Concentração de Precipitação (ICP) definiu a variabilidade temporal das chuvas no estado como “uniforme”, tanto para a escala anual, quanto sazonal e semestral. Com relação aos resultados dos índices e a ocorrência do fenômeno ENOS, não se pode afirmar que existe correlação direta. Fazem-se necessários maiores estudos. O teste de Mann-Kendall apresentou maior frequência (40%) de tendência nas séries de IPP semestral. Contudo, essa constatação requer mais estudos para avaliar se estas tendências se referem a alterações no regime de precipitação ou se são somente aleatórias. No geral, o IC, IAC, IPP e ICP são métodos consistentes para o monitoramento das anomalias de chuva em Santa Catarina, respondendo bem à variabilidade de precipitação na área de estudo. Por utilizarem apenas dados de precipitação, apresentam simplicidade no cálculo e interpretação. No entanto, não são indicados para estudos relacionados à agricultura por não incluírem outros parâmetros, como evapotranspiração, temperatura e balanço hídrico. |
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