A comunicação científica em museus de ciência e o papel do mediador
Os museus existem desde a Grécia Antiga, mas apenas recentemente, principalmente a partir da metade do século XX, é que se começou a dar importância para a dimensão educativa que esses espaços podem desenvolver. Desde então, as exposições passaram a se preocupar em ressignificar os objetos expos...
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Universidade de São Paulo
2012
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Mediadores Museus de ciência Communication of science Mediators Science museums Tassiana Fernanda Genzini de Carvalho A comunicação científica em museus de ciência e o papel do mediador |
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Os museus existem desde a Grécia Antiga, mas apenas recentemente, principalmente a partir da metade do século XX, é que se começou a dar importância para a dimensão educativa que esses espaços podem desenvolver. Desde então, as exposições passaram a se preocupar em ressignificar os objetos expostos, pensando no conteúdo que eles podem carregar consigo. Entre a intenção dos idealizadores de uma exposição e as possíveis interpretações dos visitantes há um espaço, e cabe aos mediadores fazer a ponte entre esses dois pontos. Esses mediadores, em geral, são estudantes de graduação, que atuam muitas vezes improvisando, criando um repertório de exemplos, analogias e explicações para aproximar o conteúdo científico de uma exposição do visitante. Este trabalho analisou os mediadores da Estação Ciência (USP), quais os recursos por eles utilizados e com quais intenções eles produzem esses discursos, para então compreender o processo dessa produção na tentativa de comunicar o conhecimento científico. Buscamos nos apoiar nas teorias da Transposição Didática (Chevallard) e do Discurso Pedagógico (Bernstein), entendendo que o museu é um espaço que promove a formação de conceitos e que favorece as interações sociais capazes de promover a aprendizagem, numa referência à concepção de aprendizagem vigotskiana. Os resultados dessa análise permitiram-nos concluir que diversos discursos e saberes influenciam na construção do discurso de um mediador, no entanto, o processo de produção desse discurso mostrou-se pouco consciente e reflexivo quando se trata de comunicar algum conhecimento, e isso aponta para a necessidade de se investir na formação desses profissionais.
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Museums have existed since Ancient Greece, but only recently, mainly starting in the 20th century, people have begun to notice the educational dimension that can be developed inside museums. Since then, curators have been concerned about resignifying the objects exhibited, thinking about the content they carry. There is a gap between the intentions of the creators of an exhibit and the possible interpretations of the visitors, and the role of the mediators is to bridge this gap. These mediators are, in general, undergraduate students who often improvise, creating a repertory of examples, analogies and explanations to bring visitors closer to the scientific content of the exhibit. In this paper we analyze the mediators working at USP\'s Estação Ciência (The University of São Paulo\'s Science Station), the type of resources they make use of and their intentions when building their discourses, so that we can finally understand the production process of these discourses (which try to convey scientific knowledge). For that we rely on Chevallard\'s didactic transposition and Bernstein\'s pedagogic discourse theories, with the understanding that the museum is a space that fosters the building of concepts and promotes the types of social interaction that are capable of stimulating learning, referencing Vygostky\'s vision of what learning is about. The results of this analysis enabled us to conclude that several discourses and brands of knowledge can influence the production of a mediator\'s discourse; however, the production process of this discourse is only slightly conscious and deliberative when it comes to conveying knowledge. This points to the necessity of investing in the preparation of these professionals.
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