Ressonância magnética cardíaca de perfusão em stress: a experiência de um centro nacional

Resumo: Introdução e objectivos: A isquémia do miocárdio pode ser avaliada através da ressonância magnética de perfusão (RMp). O objetivo do trabalho foi avaliar o uso clínico da RMp no estudo da doença cardíaca isquémica (DCI). Métodos: Foram estudados 55 doentes através de RMp, num aparelho de 1,5...

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Bibliographic Details
Main Authors: Paulo Donato, Maria João Ferreira, Vera Silva, Alda Pinto, Filipe Caseiro-Alves, Luís Augusto Providência
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2013-01-01
Series:Revista Portuguesa de Cardiologia
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0870255112002545
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description Resumo: Introdução e objectivos: A isquémia do miocárdio pode ser avaliada através da ressonância magnética de perfusão (RMp). O objetivo do trabalho foi avaliar o uso clínico da RMp no estudo da doença cardíaca isquémica (DCI). Métodos: Foram estudados 55 doentes através de RMp, num aparelho de 1,5 T (Siemens Symphony), através da injeção de quelato de gadolínio (0,10 mmol/kg), utilizando uma sequência IR-SSFP. O stress foi induzido pela adenosina (140 μg/kg/min durante 4 min). Os resultados foram comparados com os das coronariografias e das cintigrafias de perfusão do miocárdio. A concordância entre as variáveis qualitativas foi a avaliada através do coeficiente kappa. Foi considerada significância estatística a 95%. Efetuou-se um follow-up clínico mínimo de 12 meses. Resultados: Das 55 ressonâncias magnéticas (RM) efetuadas, em 19 (34,5%) não se detetou isquemia ou necrose do miocárdio, em 17 (30,9%) foi diagnosticada área de necrose sem isquemia, em 7 (12,7%) isquemia isolada e em 12 (21,8%) isquemia em doente com enfarte prévio. A comparação específica em função do território de irrigação coronária entre a RMp e a coronariografia foi muito boa: descendente anterior e coronária direita – k = 0,8571; intervalo 0,59-1, circunflexa – k = 0,8108; intervalo 0,59-1. Não se conseguiu obter qualquer razão de concordância entre as RMp e as cintigrafias realizadas. Conclusões: Numa população com elevada prevalência de doença coronária, a RMp mostrou ser um exame capaz de diagnosticar doença coronária significativa, através da identificação de isquemia do miocárdio. Abstract: Introduction and objectives: Myocardial ischemia can be assessed with cardiac magnetic resonance perfusion imaging (MRPI). This study aimed to analyze the clinical utility of MRPI in the diagnosis of significant coronary artery disease. Methods: Fifty-five patients were examined with a 1.5 T MR scanner (Siemens Symphony), with a first pass of 0.10 mmol/kg gadolinium chelate, at rest and during adenosine vasodilatation (140 μg/kg/min for 4 min) using an inversion recovery steady-state free precession sequence. The results were compared with coronary angiography and with SPECT myocardial perfusion images. Agreement for qualitative diagnosis was measured by the kappa coefficient, taking statistical significance as 95%. Minimum clinical follow-up was 12 months. Results: In 19 patients (34.5%) MRPI was negative for myocardial ischemia and necrosis, in 17 (30.9%) it was negative for ischemia but positive for necrosis, in 7 (12.7%) only ischemia was present and in 12 (21.8%) the ischemic area was larger than the necrotic area. The correlation between MRPI and coronary angiography for ischemia detection by coronary artery territory was very good: left anterior descending and right coronary – k=0.8571 (0.59-1), circumflex – k=0.8108 (0.59-1). By contrast, there was no correlation in terms of myocardial ischemia detection between MRPI and SPECT. Conclusions: MRPI is able to diagnose significant coronary disease in a high risk population, by detection of myocardial ischemia. Palavras-chave: Ressonância magnética, Perfusão, Doença coronária, Ressonância magnética de perfusão, Keywords: Magnetic resonance imaging, Perfusion, Coronary disease, Myocardial Perfusion Imaging
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