Homocisteína e transtornos psiquiátricos Homocysteine and neuropsychiatric disorders

O autor apresenta uma visão geral da literatura atual sobre homocisteína como um fator de risco para os transtornos neuropsiquiátricos. Foram pesquisados os bancos de dados MEDLINE, Current Contents e EMBASE (entre 1966 e 2002) para publicações em língua inglesa utilizando as palavras-chave '&#...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Perminder Sachdev
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) 2004-03-01
Series:Brazilian Journal of Psychiatry
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000100013
Description
Summary:O autor apresenta uma visão geral da literatura atual sobre homocisteína como um fator de risco para os transtornos neuropsiquiátricos. Foram pesquisados os bancos de dados MEDLINE, Current Contents e EMBASE (entre 1966 e 2002) para publicações em língua inglesa utilizando as palavras-chave ''Homocisteína'' e ''AVC''; ''Doença de Alzheimer''; ''Déficit Cognitivo'', ''Epilepsia'', ''Depressão'' ou ''Doença de Parkinson''. Artigos individuais foram pesquisados para referências cruzadas relevantes. É biologicamente plausível que altos níveis de homocisteína possam causar lesão cerebral e transtornos neuropsiquiátricos. A homocisteína é pró-aterogênica e pró-trombótica. Dessa forma, aumenta o risco de acidente vascular cerebral, podendo ter um efeito neurotóxico direto. Evidências de que a homocisteína seja um fator de risco para doença microvascular cerebral são conflitantes, mas justificam maiores estudos. Estudos transversais e alguns longitudinais suportam a crescente prevalência de acidente vascular cerebral e demência vascular em indivíduos com hiper-homocisteinemia. As evidências de crescente neurodegeneração estão se acumulando. A relação com a depressão ainda é experimental, da mesma forma como com a epilepsia. Atualmente, estudos sobre tratamentos são necessários para colocar as evidências sobre bases mais sólidas. Os pacientes de alto risco também devem ser pesquisados para hiper-homocisteínemia, cujo tratamento deve ser feito com ácido fólico. Mais evidências são necessárias antes que pesquisas populacionais possam ser recomendadas.<br>The author presents an overview of the current literature on homocysteine as a risk factor for neuropsychiatric disorders. The databases MEDLINE, Current Contents and EMBASE were searched (between 1966 and 2002) for English language publications with the key words 'Homocysteine' and 'Stroke'; 'Alzheimer Disease'; 'Cognitive Impairment'; 'Epilepsy'; 'Depression'; or 'Parkinson's disease'. Individual articles were hand searched for relevant cross-references. It is biologically plausible that high homocysteine levels may cause brain injury and neuropsychiatric disorders. Homocysteine is proatherogenic and prothrombotic, thereby increasing the risk of cerebrovascular disease, and may have a direct neurotoxic effect. Evidence for homocysteine as a risk factor for cerebral microvascular disease is conflicting but warrants further study. Cross-sectional and some longitudinal studies support increased prevalence of stroke and vascular dementia in hyperhomocysteinemic individuals. The evidence of increased neurodegeneration is accumulating. The relationship with depression is still tentative, as it is with epilepsy. Currently, treatment studies are necessary to place the evidence on a stronger footing, and maybe high-risk patients should be screened for hyperhomocysteinemia and this should be treated with folic acid. More research evidence is necessary before population screening can be recommended.
ISSN:1516-4446
1809-452X