Um entreato progressista na ocupação do espaço público na cidade de São Paulo
A cidade de São Paulo experimentou um entreato progressista que confrontou sua matriz rodoviarista e seu histórico de negação dos espaços públicos, introduzindo políticas públicas que enfrentaram esse status quo vigente. No período entre 2013 e 2016, implementaram-se políticas estruturantes e ações...
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Universidade de São Paulo (USP)
2018-08-01
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Series: | Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP |
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doaj-0b936d60632344cd9ebf5c9f01caa1a72020-11-24T21:43:05ZengUniversidade de São Paulo (USP)Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP1518-95542317-27622018-08-012546123110.11606/issn.2317-2762.v25i46p12-31140376Um entreato progressista na ocupação do espaço público na cidade de São PauloAndre Kwak0London School of Economics and Political ScienceA cidade de São Paulo experimentou um entreato progressista que confrontou sua matriz rodoviarista e seu histórico de negação dos espaços públicos, introduzindo políticas públicas que enfrentaram esse status quo vigente. No período entre 2013 e 2016, implementaram-se políticas estruturantes e ações específicas que dialogavam com um paradigma contemporâneo na produção e ocupação de áreas públicas, tendo como ideário uma cidade mais inclusiva e democrática. Outro importante pilar dessa gestão caracterizou-se pela alocação dos investimentos públicos municipais: equipamentos e infraestruturas de vulto foram realizados majoritariamente nas regiões mais carentes da cidade, indo na contracorrente histórica de investimentos no centro expandido. Ao mesmo tempo, a cidade presenciou a propagação de inflamado debate entre grupos sociais de diversos matizes, muitas vezes antagônicos, transformando a cidade em uma arena de disputas, com cada intervenção urbana sendo disputada palmo a palmo, numa complexa rede de atores sociais e institucionais com seus respectivos interesses, tendo a utilização (ou não utilização) do espaço público como “prêmio” desses embates, que se deram em inúmeras rodadas de deliberação democrática.http://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/140376Mobilidade urbana. Espaço público. Planejamento urbano. Grupos de interesse. Infraestrutura. |
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A cidade de São Paulo experimentou um entreato progressista que confrontou sua matriz rodoviarista e seu histórico de negação dos espaços públicos, introduzindo políticas públicas que enfrentaram esse status quo vigente. No período entre 2013 e 2016, implementaram-se políticas estruturantes e ações específicas que dialogavam com um paradigma contemporâneo na produção e ocupação de áreas públicas, tendo como ideário uma cidade mais inclusiva e democrática. Outro importante pilar dessa gestão caracterizou-se pela alocação dos investimentos públicos municipais: equipamentos e infraestruturas de vulto foram realizados majoritariamente nas regiões mais carentes da cidade, indo na contracorrente histórica de investimentos no centro expandido. Ao mesmo tempo, a cidade presenciou a propagação de inflamado debate entre grupos sociais de diversos matizes, muitas vezes antagônicos, transformando a cidade em uma arena de disputas, com cada intervenção urbana sendo disputada palmo a palmo, numa complexa rede de atores sociais e institucionais com seus respectivos interesses, tendo a utilização (ou não utilização) do espaço público como “prêmio” desses embates, que se deram em inúmeras rodadas de deliberação democrática. |
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