Summary: | <p>O presente ensaio propõe que a interatividade como condição de acesso do público às manifestações artísticas pós-modernas não seja um fenômeno exclusivo da segunda metade do século XX. A idéia que se defende aqui é que a interatividade tenha se constituído como única alternativa de acesso à obra de arte desde o século XIX. Essa proposição torna-se possível na medida em que se situa as manifestações artísticas pós-modernas no âmbito da Época da Imagem do Mundo, expressão criada por Martin Heidegger para caracterizar a Idade Moderna, época em que, segundo o autor, deu-se o processo de estetização da obra de arte. Segundo esse processo, a arte passa a ser entendida como objeto, tornando-se acessível somente por meio da interação. Constata-se, assim, um distanciamento da expressão “obra de arte”, própria da Antiguidade Grega, a qual pressupunha a contemplação como única forma de apreciação.</p>
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