| Summary: | Willard Van Ornam Quine (1902-2000), teve um papel decisivo na definição da agenda dos temas, instrumentos e procedimentos da filosofia contemporânea, propiciando um encontro original entre o pensamento norte-americano e europeu e na delimitação das características mais marcantes da filosofia analítica. Suas teses mais conhecidas – refutação da distinção analítico-sintético; a indeterminação da tradução; relatividade ontológica; behaviorismo; holismo; naturalização da epistemologica – envolvem os campos da ontologia, epistemologia, filosofia da linguagem e filosofia da mente e serviram para esboroar as fronteiras que historicamente se impunham entre filosofia e ciência natural e, nesse passo, desbravaram novos territórios para o inquérito filosófico. <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><span>A publicação de <em>Quine in Dialogue</em> vem testemunhar não apenas a presença inabalável do interesse pelas ideias de Quine, mas, principalmente, a força de um estilo de prática intelectual que tem marcado profundamente a comunidade filosófica de língua inglesa; uma prática que tem como traço o <em>diálogo</em> amplo, aberto e indeterminado em torno de temas, problemas e conceitos e não o culto a personagens, obras e teorias do passado. </span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><span>A presente resenha pretende destacar que essa obra apresenta Quine como um filósofo que não somente manteve um rico diálogo com outros filósofos, muitos deles seus colegas e ex-alnos – influenciando e sendo influenciado por eles –, mas também como um intelectual que acreditava que a prática do diálogo é fundamental para o avanço do pensamento. </span></p><br><!--[if gte mso 9]><xml> Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> </xml><![endif]--> <!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin;} </style> <![endif]--> <p>Willard Van Orman Quine (1902-2000) had a decisive role in setting the agenda of the themes, instruments and procedures of contemporary philosophy, providing an original meeting between American thinking and European, as well as in the delimitation of the most significant characteristics of analytical philosophy. Their most well-known theses - refutation of the analytic-synthetic distinction; the indeterminacy of translation; ontological relativity; behaviorism; holism; the naturalization of epistemology - involving fields of ontology, epistemology, philosophy of language and philosophy of mind have serve the purpose of eroding borders that were historically prevalent between philosophy and natural science and, in this step, have shaped New Territories to the philosophical investigation.</p> <p>The publication of <em>Quine in Dialogue</em> witness not only the presence of the strong and unshakeable interest for the ideas of Quine, but mainly the strength of an intellectual practice style that has been marked deeply the philosophical English-speaking community; a practice that has as a characteristic mark the wide, open and indeterminate <em>dialogue</em> around themes, issues and concepts and not the worship of personalities, works and theories of the past. </p> <p>This review seeks to highlight that this work presents Quine as a philosopher that not only maintained a rich dialogue with other philosophers, many of them colleagues and ex-students - influencing and being influenced by them - but also as an intellectual who believed that the practice of dialogue is critical to the advancement of thought.</p>
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