Prevenção do parto prematuro: emprego do toque vaginal e da ultra-sononografia transvaginal Prevention of preterm birth: use of digital examination and transvaginal ultrasonography

Objetivo: avaliar o colo uterino por meio do toque vaginal e da ultra-sonografia transvaginal em gestantes de risco elevado para o parto prematuro. Métodos: durante o período compreendido entre fevereiro de 1995 e setembro de 1997 foram acompanhadas 38 gestantes com elevado risco para o parto premat...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Arlete Ayako Yamasaki, Roberto Eduardo Bittar, Eduardo Sérgio Borges da Fonseca, Silvio Martinelli, Solange Sasaki, Marcelo Zugaib
Format: Article
Language:English
Published: Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia 1998-07-01
Series:Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72031998000600008
Description
Summary:Objetivo: avaliar o colo uterino por meio do toque vaginal e da ultra-sonografia transvaginal em gestantes de risco elevado para o parto prematuro. Métodos: durante o período compreendido entre fevereiro de 1995 e setembro de 1997 foram acompanhadas 38 gestantes com elevado risco para o parto prematuro entre a 20ª e 36ª semana de gestação. Estas pacientes foram submetidas semanalmente ao toque vaginal e ao exame ultra-sonográfico transvaginal. O toque vaginal avaliou o colo uterino quanto a dois parâmetros: comprimento e dilatação. A ultra-sonografia transvaginal estudou o comprimento e o diâmetro anteroposterior do colo uterino. Foram analisados os comportamentos destas medidas cervicais ao longo da gestação. Os dois métodos foram comparados quanto à avaliação cervical e à acurácia no diagnóstico do parto prematuro. Resultados: a incidência de partos prematuros foi de 18,4% (7/38). As medidas do comprimento cervical obtidas pela ultra-sonografia foram sempre maiores em relação às medidas obtidas pelo toque vaginal. Mediante análise pelo teste de hipóteses foram observadas uma relação indireta entre o comprimento cervical e a idade gestacional por meio do toque e do estudo ultra-sonográfico (p<0,05 e p<0,01, respectivamente) e uma relação direta entre a dilatação cervical e a idade gestacional observada pelo toque (p<0,01). Conclusões: dos parâmetros estudados por meio do toque e da ultra-sonografia transvaginal, o comprimento cervical ultra-sonográfico apresentou melhor acurácia no diagnóstico do parto prematuro, revelando ser o mais confiável para a avaliação das alterações cervicais em gestantes de risco elevado para o parto prematuro.<br>Objective: to evaluate the uterine cervix by digital and transvaginal ultrasound examinations in pregnant women at high risk of having premature delivery. Methods: during the period between February 1995 and September 1997, 38 pregnant women at high risk of having premature delivery between the 20th and 36th week of gestation were examined. These patients were submitted weekly to both digital and transvaginal ultrasound examinations. The digital examination evaluated the uterine cervix using two parameters: length and dilation. The transvaginal ultrasound studied the length and the anteroposterior diameter of the uterine cervix. The behavior of these cervical measurements was analyzed throughout the pregnancies. The two methods were compared regarding cervical evaluation and accuracy of premature birth diagnosis. Results: the rate of premature deliveries was 18.4% (7/38). Digital examination resulted in cervical evaluations with variation coefficients of 30.3% for length and 193% for dilation. Transvaginal ultrasound resulted in cervical evaluations with variation coefficients of 14.7% and 26.5% for the anteroposterior diameter and length, respectively. The cervical length measures obtained on ultrasound were always greater than those obtained on digital examination. Through analysis with the hypothesis test, an indirect relationship was observed between the cervical length and the gestational period for digital examination and ultrasound study (p<0.05 and p<0.01, respectively), and a direct relationship between the cervical dilation and the gestational age observed on the digital examination (p<0.01). Conclusions: among the parameters studied by means of the digital and transvaginal ultrasound examinations, the ultrasound cervical length presented the best accuracy in the diagnosis of premature birth, proving to be more reliable for the evaluation of cervical alterations in pregnant women at high risk of premature delivery.
ISSN:0100-7203