Carcinoma hepatocelular: impacto do tempo em lista e das formas de tratamento pré-operatório na sobrevida do transplante de fígado cadavérico na era pré-MELD em um centro no Brasil Hepatocellular carcinoma: impact of waiting list and pre-operative treatment strategies on survival of cadaveric liver transplantation in pre-MELD era in one center in Brazil

RACIONAL: Atualmente, o transplante hepático é a principal opção terapêutica para doentes com cirrose hepática associada a carcinoma hepatocelular. OBJETIVOS: Analisar a sobrevida em 3 meses e 1 ano de pacientes com e sem carcinoma hepatocelular submetidos a transplante hepático cadavérico. MÉTODOS:...

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Bibliographic Details
Main Authors: Alexandre Coutinho Teixeira de Freitas, Mônica Beatriz Parolin, Lucinei Stadnik, Júlio Cezar Uili Coelho
Format: Article
Language:English
Published: Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE) 2007-09-01
Series:Arquivos de Gastroenterologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032007000300002
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Arquivos de Gastroenterologia
Carcinoma hepatocelular
Cirrose hepática
Transplante de fígado
Análise de sobrevida
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Liver cirrhosis
Liver transplantation
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1678-4219
publishDate 2007-09-01
description RACIONAL: Atualmente, o transplante hepático é a principal opção terapêutica para doentes com cirrose hepática associada a carcinoma hepatocelular. OBJETIVOS: Analisar a sobrevida em 3 meses e 1 ano de pacientes com e sem carcinoma hepatocelular submetidos a transplante hepático cadavérico. MÉTODOS: Foram revisados os prontuários dos pacientes submetidos a transplante hepático cadavérico no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná no período entre 5 de janeiro de 2001 e 17 de fevereiro de 2006. Os pacientes foram divididos em 2 grupos - acometidos e não-acometidos de carcinoma hepatocelular - e analisados em relação à sobrevida em 3 meses e em 1 ano. Também foram comparados em relação ao sexo e à idade do doador e do receptor, a causa da cirrose, a classificação de Child-Pugh e o escore do MELD no momento do transplante, o tempo de isquemia morna e isquemia fria, o número de unidades de concentrado de hemácias transfundidas durante o transplante, o tempo de permanência na UTI e o tempo de internação. RESULTADOS: Foram analisados 146 casos de transplante hepático: 75 foram excluídos devido a dados incompletos no prontuário e 71 foram incluídos no estudo. A sobrevida geral em 3 meses e 1 ano foi de 77,4% e 74,6%, respectivamente. Os acometidos por carcinoma hepatocelular (n = 12) apresentaram sobrevida em 3 meses e 1 ano de 100%, significantemente maior que os não-acometidos (n = 59; 72,8% e 69,49%, respectivamente). O índice médio do MELD, da classificação de Child-Pugh e o número médio de concentrado de hemácias transfundidas foram significantemente maiores nos pacientes não-acometidos. Também foi observada maior percentagem de pacientes classificados como Child-Pugh B e C e de pacientes com diagnóstico de cirrose por outras causas nos pacientes não acometidos pela neoplasia. Nos doentes com carcinoma hepatocelular foi observada maior percentagem de indivíduos classificados como Child-Pugh A e com diagnóstico de cirrose por hepatite C. Todos os outros fatores analisados foram iguais entre os 2 grupos. CONCLUSÃO: Os doentes com carcinoma hepatocelular, submetidos a transplante hepático cadavérico, apresentam maior sobrevida em 3 meses e 1 ano do que os não acometidos por esta neoplasia. Essa diferença é possivelmente relacionada à realização do transplante nos pacientes com carcinoma hepatocelular em estádio menos avançado da cirrose.<br>BACKGROUND: Liver transplantation is the main treatment option for hepatocellular carcinoma in patients with cirrhosis. AIM: Three months and 3 years survival were analysed in patients with cirrhosis and hepatocellular carcinoma and in patients with only cirrhosis. METHODS: Charts of patients subjected to cadaveric liver transplantation at the Clinical Hospital of the Federal University of Paraná, Curitiba, PR, Brazil, between January 5th of 2001 and February 17th of 2006 were reviewed. Patients were divided into two groups for 3 months and 1 year survival analysis: cirrhosis and hepatocellular carcinoma and cirrhosis only. The two groups were also compared in relation to donor and recipient sex and age, etiology of cirrhosis, Child-Pugh and MELD scores at the time of the transplantation, warm isquemia time, cold isquemia time, units of red blood cells transfused during the transplantation, intensive care unit stay and total hospital stay. RESULTS: One hundred and forty six liver transplantation patients were analysed: 75 were excluded because of incomplete data and 71 were included. General 3 months and 1 year survivals were 77,4% and 74,6% respectively. Patients with hepatocellular carcinoma (n = 12) presented 3 months and 1 year survivals of 100%. These rates were significantly higher than those of patients without hepatocellular carcinoma (n = 59; 72,8% and 69,4%). Mean MELD score, mean Child-Pugh score and mean number of red blood cells transfused were significantly higher in patients without hepatocellular carcinoma. In this group it was also observed more Child-Pugh B and C patients and the diagnosis of cirrhosis because other causes. The rate of Child-Pugh A and hepatitis C was higher in patients with hepatocellular carcinoma. The two groups were identical in all other parameters analysed. CONCLUSION: Patients with cirrhosis and hepatocellular carcinoma presented better 3 months and 1 year survival rates than patients with only cirrhosis. This is possibly due to an early stage of cirrhosis at transplantation of patients with hepatocellular carcinoma.
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MÉTODOS: Foram revisados os prontuários dos pacientes submetidos a transplante hepático cadavérico no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná no período entre 5 de janeiro de 2001 e 17 de fevereiro de 2006. Os pacientes foram divididos em 2 grupos - acometidos e não-acometidos de carcinoma hepatocelular - e analisados em relação à sobrevida em 3 meses e em 1 ano. Também foram comparados em relação ao sexo e à idade do doador e do receptor, a causa da cirrose, a classificação de Child-Pugh e o escore do MELD no momento do transplante, o tempo de isquemia morna e isquemia fria, o número de unidades de concentrado de hemácias transfundidas durante o transplante, o tempo de permanência na UTI e o tempo de internação. RESULTADOS: Foram analisados 146 casos de transplante hepático: 75 foram excluídos devido a dados incompletos no prontuário e 71 foram incluídos no estudo. A sobrevida geral em 3 meses e 1 ano foi de 77,4% e 74,6%, respectivamente. Os acometidos por carcinoma hepatocelular (n = 12) apresentaram sobrevida em 3 meses e 1 ano de 100%, significantemente maior que os não-acometidos (n = 59; 72,8% e 69,49%, respectivamente). O índice médio do MELD, da classificação de Child-Pugh e o número médio de concentrado de hemácias transfundidas foram significantemente maiores nos pacientes não-acometidos. Também foi observada maior percentagem de pacientes classificados como Child-Pugh B e C e de pacientes com diagnóstico de cirrose por outras causas nos pacientes não acometidos pela neoplasia. Nos doentes com carcinoma hepatocelular foi observada maior percentagem de indivíduos classificados como Child-Pugh A e com diagnóstico de cirrose por hepatite C. Todos os outros fatores analisados foram iguais entre os 2 grupos. CONCLUSÃO: Os doentes com carcinoma hepatocelular, submetidos a transplante hepático cadavérico, apresentam maior sobrevida em 3 meses e 1 ano do que os não acometidos por esta neoplasia. 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The two groups were also compared in relation to donor and recipient sex and age, etiology of cirrhosis, Child-Pugh and MELD scores at the time of the transplantation, warm isquemia time, cold isquemia time, units of red blood cells transfused during the transplantation, intensive care unit stay and total hospital stay. RESULTS: One hundred and forty six liver transplantation patients were analysed: 75 were excluded because of incomplete data and 71 were included. General 3 months and 1 year survivals were 77,4% and 74,6% respectively. Patients with hepatocellular carcinoma (n = 12) presented 3 months and 1 year survivals of 100%. These rates were significantly higher than those of patients without hepatocellular carcinoma (n = 59; 72,8% and 69,4%). Mean MELD score, mean Child-Pugh score and mean number of red blood cells transfused were significantly higher in patients without hepatocellular carcinoma. In this group it was also observed more Child-Pugh B and C patients and the diagnosis of cirrhosis because other causes. The rate of Child-Pugh A and hepatitis C was higher in patients with hepatocellular carcinoma. The two groups were identical in all other parameters analysed. CONCLUSION: Patients with cirrhosis and hepatocellular carcinoma presented better 3 months and 1 year survival rates than patients with only cirrhosis. This is possibly due to an early stage of cirrhosis at transplantation of patients with hepatocellular carcinoma.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032007000300002Carcinoma hepatocelularCirrose hepáticaTransplante de fígadoAnálise de sobrevidaCarcinoma, hepatocellularLiver cirrhosisLiver transplantationSurvival analysis