Quando o corpo se torna rosto

Que espaço ocupa o retrato num panorama que dá tanta ênfase ao corpo? É caso para dizer que o corpo, a partir das últimas décadas do século XX, se tornou num significante despótico que subordina qualquer expressão artística chegando mesmo ao ponto de afectar a prática do retrato ousando eclipsar da...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Bruno Marques
Format: Article
Language:English
Published: Universidade do Minho 2019-12-01
Series:2i Revista de Estudos de Identidade e Intermedialidade
Subjects:
Online Access:https://revistas.uminho.pt/index.php/2i/article/view/2083
Description
Summary:Que espaço ocupa o retrato num panorama que dá tanta ênfase ao corpo? É caso para dizer que o corpo, a partir das últimas décadas do século XX, se tornou num significante despótico que subordina qualquer expressão artística chegando mesmo ao ponto de afectar a prática do retrato ousando eclipsar daquilo que com ele estava mais conotado: a imagem de um rosto. Partindo do conceito de visagéité de Gilles Deleuze e Félix Guattari e das noções “paisagens-corpos”, “paisagens-rostos” e “devir-rosto” desenvolvidas por José Gil, predentemos com este ensaio reflectir sobre um processo que aqui designamos de “transferência de funcionalidade”, através da qual o corpo se torna “rosto”.
ISSN:2184-7010