Summary: | Objetivos: comparar resultados entre gestações com e sem ameaça de abortamento que apresentaram embrião/feto vivo ao exame ultra-sonográfico em idade gestacional entre 6 e 13 semanas. Métodos: trata-se de estudo retrospectivo, caso-controle, realizado no período de fevereiro de 1998 a dezembro de 1999. Os critérios de inclusão foram: gestação tópica e única, atividade cardíaca embrionária/fetal presente no exame ultra-sonográfico, realização de exame ultra-sonográfico entre 6 semanas completas e 13 semanas e 6 dias, ausência de alteração morfológica fetal, ausência de tentativa de abortamento por uso de drogas ou manipulação, ausência de doença materna e resultado conhecido da gestação. Preencheram os critérios de inclusão 1531 gestações, sendo 257 casos com ameaça de abortamento (grupo estudo) e 1274 sem ameaça de abortamento (grupo controle). Estes dois grupos foram comparados quanto à evolução da gestação para: abortamento, óbito intra-uterino, prematuridade e crescimento intra-uterino restrito. Resultados: os porcentuais de abortamento (11,7%) e prematuridade (17,8%) foram estatisticamente superiores nas pacientes do grupo estudo (p<0,001 e p=0,026, respectivamente). As taxas de óbito intra-uterino e restrição de crescimento intra-uterino não diferiram significativamente entre os grupos. Conclusão: As gestações com ameaça de abortamento apresentaram porcentuais significativamente superiores de evolução para o abortamento e prematuridade.<br>Purpose: to compare the outcome of pregnancies with and without threatened abortion presenting alive embryo/fetus between 6 and 13 weeks at sonographic evaluation. Method: this was a retrospective case-control study, carried out from February 1998 to December 1999. Criteria for inclusion were: topic and single pregnancy; embryo/fetus cardiac activity present in the ultrasound scan; gestational age between 6 weeks and 13 weeks and 6 days, absence of fetal anomalies, absence of attempt of abortion by drugs or manipulation, absence of maternal disease, known pregnancy result. A total of 1531 pregnancies were examined, of which 258 with threatened abortion (case group) and 1273 without threatened abortion (control group). The two groups were compared regarding outcome such as: abortion, stillbirth, prematurity and intrauterine growth restriction. Results: the percentage of abortion (11,7%) and prematurity (17,8%) were higher in the group with threatened abortion (p<0.001 and p=0.026, respectively). The frequency of stillbirth and intrauterine growth restriction did not differ significantly between the groups.Conclusion: threatened abortion with alive embryo/fetus in 6- to 13- week gestation presented a higher abortion risk and subsequent prematurity.
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