Fatores associados ao fumo em gestantes avaliadas em cidades brasileiras
OBJETIVO: Avaliar a correlação dos fatores sociodemográficos e estilo de vida com o hábito de fumar em gestantes atendidas em hospitais. MÉTODOS: O delineamento foi o de um estudo transversal. A amostra foi composta por 5.539 gestantes atendidas em ambulatórios de pré-natal em hospitais públicos cre...
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Universidade de São Paulo
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doaj-1a6099c322444603af3994aadab85b592020-11-25T03:08:22ZengUniversidade de São PauloRevista de Saúde Pública0034-89101518-8787382261267S0034-89102004000200016Fatores associados ao fumo em gestantes avaliadas em cidades brasileirasLocimara Ramos Kroeff0Sotero Serrate Mengue1Maria Inês Schmidt2Bruce Bartholow Duncan3Ana Lenise Ferreira Favaretto4Luciana Bertoldi Nucci5Universidade Federal do Rio Grande Do SulUniversidade Federal do Rio Grande Do SulUniversidade Federal do Rio Grande Do SulUniversidade Federal do Rio Grande Do SulUniversidade Federal do Rio Grande Do SulUniversidade Federal do Rio Grande Do SulOBJETIVO: Avaliar a correlação dos fatores sociodemográficos e estilo de vida com o hábito de fumar em gestantes atendidas em hospitais. MÉTODOS: O delineamento foi o de um estudo transversal. A amostra foi composta por 5.539 gestantes atendidas em ambulatórios de pré-natal em hospitais públicos credenciados nas cidades de Manaus, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, entre 1991 e 1995. A seleção foi consecutiva para todas as gestantes com 20 anos ou mais de idade, excetuando-se aquelas com diabetes prévia à gestação. Foram realizadas medidas antropométricas e entrevistas entre a 21ª e a 28ª semanas da gravidez. Por meio de um questionário padronizado, considerou-se como fumante quem informou fumar um ou mais cigarros por dia, como ex-fumante quem informou ter fumado mais de um cigarro por dia e ter cessado, e não fumantes quem informou nunca ter fumado um ou mais cigarros por dia. RESULTADOS: O hábito de fumar na gestação associou-se à baixa escolaridade (RC=2,13; IC 95%: 1,76-2,57) e paridade (RC=1,84; IC 95%: 1,53-2,21). Para o aumento da idade da gestante e uso de bebidas alcóolicas também foram observadas associações positivas com o fumo na gestação. Não foi observada nenhuma associação significativa entre cor da pele e situação ocupacional com fumo na gestação. Um efeito protetor foi observado para mulheres casadas ou com companheiro (RC=0,55; IC 95%: 0,42-0,72). Entre as cidades, tomando Manaus como referência, Porto Alegre apresentou o maior risco para fumo na gestação (RC=5,00; IC 95%: 3,35-7,38), seguida de São Paulo (RC=3,42; IC 95%: 2,25-5,20), Rio de Janeiro (RC=2,53; IC 95%: 1,65-3,88) e Fortaleza (RC=2,56; IC95%: 1,74-3,78). CONCLUSÕES: Os achados são semelhantes àqueles descritos na literatura com relação à escolaridade, paridade e situação conjugal. Entretanto, nenhuma associação com a cor da pele foi observada na análise multivariada. As ex-fumantes mostraram características sociodemográficas mais próximas das não fumantes do que das fumantes.http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000200016&lng=en&tlng=entabagismoepidemiologiagravidezlevantamentos epidemiológicosfatores socioeconômicosfatores de riscoestudos transversaiscuidado pré-natal |
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