Subjetividade, Cultura e Educação em Herbert Marcuse
A filosofia de Herbert Marcuse, profundamente marcada pela dialética hegeliana, representa uma poderosa ferramenta de análise do panorama da dominação sócio–econômica do sistema capitalista, apontando, contudo, para o potencial emancipatório inerente à dimensão estética. Sua contundente análise da s...
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doaj-1b42a1891d1244df8ae49608165a4db02020-11-25T03:29:40ZporUniversidade de FortalezaRevista Subjetividades2359-07772359-07772017-01-0116114415410.5020/23590777.16.1.144-1544037Subjetividade, Cultura e Educação em Herbert MarcuseVivian BaroniA filosofia de Herbert Marcuse, profundamente marcada pela dialética hegeliana, representa uma poderosa ferramenta de análise do panorama da dominação sócio–econômica do sistema capitalista, apontando, contudo, para o potencial emancipatório inerente à dimensão estética. Sua contundente análise da sociedade industrial, que difere consideravelmente da interpretação marxista, insiste em apontar para os efeitos da superestrutura sobre a estrutura, confirmando a influência determinante da consciência nos processos de transformação social. Assim, para Marcuse, uma transformação subjetiva deve obrigatoriamente preceder uma transformação mais geral nas condições propriamente objetivas da sociedade. Valendo-nos da bibliografia de Marcuse, no presente artigo procuraremos explicitar de que forma as normas e valores da sociedade estabelecida podem ser introjetados na subjetividade dos indivíduos, consubstanciando, por sua vez, um conceito repressivo de razão. Procuramos ainda ressaltar a possibilidade de superação desse estado, que na obra marcuseana é representada pela valorização dos âmbitos teóricos do pensamento, da arte e da cultura autêntica, como esferas que podem romper a consciência reificada para então conduzir à um conceito crítico de razão. Esse processo de libertação subjetiva é levado a cabo por uma educação estética que no contato com a arte, possibilita um conceito de educação como formação, que sensibiliza e impele à práxis transformadora.https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/5141marcuse, subjetividade, educação, libertação |
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A filosofia de Herbert Marcuse, profundamente marcada pela dialética hegeliana, representa uma poderosa ferramenta de análise do panorama da dominação sócio–econômica do sistema capitalista, apontando, contudo, para o potencial emancipatório inerente à dimensão estética. Sua contundente análise da sociedade industrial, que difere consideravelmente da interpretação marxista, insiste em apontar para os efeitos da superestrutura sobre a estrutura, confirmando a influência determinante da consciência nos processos de transformação social. Assim, para Marcuse, uma transformação subjetiva deve obrigatoriamente preceder uma transformação mais geral nas condições propriamente objetivas da sociedade. Valendo-nos da bibliografia de Marcuse, no presente artigo procuraremos explicitar de que forma as normas e valores da sociedade estabelecida podem ser introjetados na subjetividade dos indivíduos, consubstanciando, por sua vez, um conceito repressivo de razão. Procuramos ainda ressaltar a possibilidade de superação desse estado, que na obra marcuseana é representada pela valorização dos âmbitos teóricos do pensamento, da arte e da cultura autêntica, como esferas que podem romper a consciência reificada para então conduzir à um conceito crítico de razão. Esse processo de libertação subjetiva é levado a cabo por uma educação estética que no contato com a arte, possibilita um conceito de educação como formação, que sensibiliza e impele à práxis transformadora. |
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