EM BUSCA DE CATEGORIAS TEÓRICAS-METODOLÓGICAS PARA ANALISAR A ARTE POR UMA PERSPECTIVA QUEER

A ideia de “artivismo” surge como conceito que procura compreender um tipo de fenômeno contemporâneo que habita a intersecção de arte e política numa perspectiva ativista. Mais do que estabelecer um limite entre as duas definições, pretende-se entender a complexidade da relação entre os dois campos....

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Eduardo Pereira Francisco
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Sergipe 2017-01-01
Series:Ambivalências
Online Access:https://seer.ufs.br/index.php/Ambivalencias/article/view/5999
Description
Summary:A ideia de “artivismo” surge como conceito que procura compreender um tipo de fenômeno contemporâneo que habita a intersecção de arte e política numa perspectiva ativista. Mais do que estabelecer um limite entre as duas definições, pretende-se entender a complexidade da relação entre os dois campos. Acredita-se que esse conceito auxilie na compreensão de como algumas manifestações artísticas estão alinhadas aos ativismos das dissidências sexuais e de gênero. Estudar os pontos de contato existentes entre arte e ativismo político, principalmente no campo das sexualidades e gêneros, permite pensar estratégias que podem ser mobilizadas como ação de mudança social no combate às violências da heteronormatividade sobre corpos e subjetividades que nela não se encaixam e, também, refletir sobre o potencial da arte na criação de novas subjetividades que fogem às normas de gênero e sexualidade.  Assim, o objetivo deste artigo é revisar e sistematizar algumas apropriações teórico-metodológicas realizadas por pesquisadoras e pesquisadores do campo das artes e dos estudos queer que: 1) definem “artivismo” e buscam pensar categorias metodológicas para analisar o fenômeno que ele delimita; 2) analisam produções artísticas através de uma perspectiva queer; 3) permitem pensar como essas manifestações se alinham a um ativismo das dissidências sexuais e de gênero. Como resultado deste exercício de sistematização, esquematiza-se um quadro de indicações metodológicas como sugestão de roteiro de pesquisa. Mais do que um manual rígido de análise, ele deve servir como um roteiro aberto que permita a inclusão de novas operações e apropriação de novos conceitos e categorias a depender da demanda da pesquisa.
ISSN:2318-3888