Dimensões lúdico-sagradas e resistências das congadas em Lambari (MG)

A Congada é uma tradicional festa popular brasileira criada por pessoas negras escravizadas como uma reedição dos cortejos reais africanos. Essa manifestação cultural modificou seus significados originais diante das necessidades de representação e de reatamento dos laços identitários de uma populaç...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Aline Guerra da Costa, Cláudia Maria Ribeiro, Fábio Pinto Gonçalves dos Reis
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação 2021-03-01
Series:Extraprensa
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/extraprensa/article/view/173824
Description
Summary:A Congada é uma tradicional festa popular brasileira criada por pessoas negras escravizadas como uma reedição dos cortejos reais africanos. Essa manifestação cultural modificou seus significados originais diante das necessidades de representação e de reatamento dos laços identitários de uma população sequestrada da sua terra natal e lançada ao trabalho compulsório. Diante disso, este artigo propõe problematizar as experiências (de resistência) dos(as) praticantes da Congada e a constituição dos seus processos identitários acionados a partir da participação na festa no município de Lambari (MG). Para tanto, utilizou-se o material empírico produzido por meio de entrevistas semiestruturadas com os(as) congadeiros( as), ao passo que esses relatos foram interpretados a partir do aporte teórico pós-estruturalista. Ao final, conclui-se que as disputas travadas entre os(as) congadeiros( as) e o poder público acabaram por fortalecer os laços de resistência e as identidades da comunidade negra envolvida.
ISSN:1519-6895
2236-3467