Teatro de Formas Animadas

Este artigo apresenta algumas reflexões sobre os termos “animant” e “forma animada”. O animant indica qualquer objeto, material ou imaterial (exemplo: uma sombra), que é submetido por um artista ao processo de animação. Pode ser útil em nossas discussões contemporâneas. O termo “forma animada” é us...

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Bibliographic Details
Main Author: Halina Waszkiel
Format: Article
Language:English
Published: Universidade do Estado de Santa Catarina 2019-12-01
Series:Móin-Móin
Online Access:https://periodicos.udesc.br/index.php/moin/article/view/16756
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spelling doaj-21e92acfe79a464892e2c8c1838f4f872021-03-05T20:01:57ZengUniversidade do Estado de Santa CatarinaMóin-Móin1809-13852595-03472019-12-01221Teatro de Formas AnimadasHalina Waszkiel0Academia de Teatro de Varsóvia (Varsóvia/Polônia) Este artigo apresenta algumas reflexões sobre os termos “animant” e “forma animada”. O animant indica qualquer objeto, material ou imaterial (exemplo: uma sombra), que é submetido por um artista ao processo de animação. Pode ser útil em nossas discussões contemporâneas. O termo “forma animada” é usado muito frequentemente, mas não é preciso. Ele se tornou perigosamente espaçoso. Está vindo a indicar todas as ações cênicas do ator. Essencialmente, para que a “animação” ocorra, deve-se referir a algo que não está vivo em si mesmo, e assim - independentemente da convenção de sua aplicação - certamente isso não se refere a seres humanos. Um ator no palco é inquestionavelmente uma criatura viva, então ele/ela não é uma “forma animada”. Se o teatro de bonecos quer marchar na vanguarda artística ao invés de se arrastar atrás com os epígonos, deve-se focar no problema que constitui sua essência e sua maior virtude: na arte da animação e no fenômeno do animant. A mensagem mais importante é que o teatro de formas animadas transmite aos espectadores se liga ao problema do limite entre vivo e morto, animado e inanimado - e se animado, então por que, como e por onde. O milagre da animação é uma cura para o nosso antropocentrismo e egoísmo. Na condição, é claro, que nós somos capazes de emprestar um pedaço da nossa própria vida para um objeto inventado, algo que em si mesmo não tem vida: para um boneco. https://periodicos.udesc.br/index.php/moin/article/view/16756
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