Relação entre Fibrose e Arritmias Ventriculares na Cardiopatia Chagásica sem Disfunção Ventricular

Fundamento: Pacientes com doença de Chagas com alteração segmentar apresentam pior prognóstico independentemente da fração de ejeção ventricular esquerda. A ressonância magnética cardíaca é atualmente o melhor método para detecção de alteração segmentar e para avaliação de fibrose miocárdica. Obj...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Eduardo Marinho Tassi, Marcelo Abramoff Continentino, Emília Matos do Nascimento, Basílio de Bragança Pereira, Roberto Coury Pedrosa
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) 2014-06-01
Series:Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2014000500006&lng=en&tlng=en
id doaj-223be382f15a4642bb3c748604496bd8
record_format Article
spelling doaj-223be382f15a4642bb3c748604496bd82020-11-24T23:12:05ZengSociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)Arquivos Brasileiros de Cardiologia1678-41702014-06-01102545646410.5935/abc.20140052S0066-782X2014000500006Relação entre Fibrose e Arritmias Ventriculares na Cardiopatia Chagásica sem Disfunção VentricularEduardo Marinho TassiMarcelo Abramoff ContinentinoEmília Matos do NascimentoBasílio de Bragança PereiraRoberto Coury PedrosaFundamento: Pacientes com doença de Chagas com alteração segmentar apresentam pior prognóstico independentemente da fração de ejeção ventricular esquerda. A ressonância magnética cardíaca é atualmente o melhor método para detecção de alteração segmentar e para avaliação de fibrose miocárdica. Objetivo: Quantificar a fibrose, por meio do realce tardio, pela ressonância magnética cardíaca, em pacientes com doença de Chagas com fração de ejeção ventricular esquerda preservada ou minimamente comprometida (> 45%) e detectar padrões de dependência entre fibrose, alteração segmentar e fração de ejeção ventricular esquerda na presença de arritmia ventricular. Métodos: Foram realizados eletrocardiograma, teste ergométrico, Holter e ressonância magnética cardíaca em 61 pacientes, separados em três grupos: (1) eletrocardiograma normal e ressonância magnética cardíaca sem alteração segmentar; (2) eletrocardiograma alterado e ressonância magnética cardíaca sem alteração segmentar; e (3) ressonância magnética cardíaca com alteração segmentar independentemente de alteração no eletrocardiograma. Resultados: O número de pacientes com arritmia ventricular em relação ao número total de pacientes em cada grupo, a porcentagem de fibrose e a fração de ejeção ventricular esquerda foram, respectivamente: no primeiro grupo, 4/26, 0,74% e 74,34%; no segundo grupo, 4/16, 3,96% e 68,5%; e no terceiro grupo, 11/19, 14,07% e 55,59%. Arritmia ventricular foi encontrada em 31,1% dos pacientes. Aqueles com e sem arritmia ventricular apresentaram fração de ejeção ventricular esquerda média de 59,87% e 70,18%, respectivamente, e fibrose de 11,03% e 3,01%, respectivamente. Das variáveis alteração segmentar, grupos, idade, fração de ejeção ventricular esquerda e fibrose, a última foi a única significativa para a presença de arritmia ventricular, com ponto de corte de 11,78% para massa fibrosada (p < 0,001). Conclusão: Mesmo em pacientes com doença de Chagas com fração de ejeção ventricular esquerda preservada ou minimamente comprometida, a instabilidade elétrica pode estar presente. Fibrose é a variável mais importante para a presença de arritmia ventricular, sendo sua quantidade proporcional à complexidade dos grupos.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2014000500006&lng=en&tlng=enArritmias cardíacasFibrose miocárdicaCardiomiopatia chagásicaDisfunção ventricular
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Eduardo Marinho Tassi
Marcelo Abramoff Continentino
Emília Matos do Nascimento
Basílio de Bragança Pereira
Roberto Coury Pedrosa
spellingShingle Eduardo Marinho Tassi
Marcelo Abramoff Continentino
Emília Matos do Nascimento
Basílio de Bragança Pereira
Roberto Coury Pedrosa
Relação entre Fibrose e Arritmias Ventriculares na Cardiopatia Chagásica sem Disfunção Ventricular
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Arritmias cardíacas
Fibrose miocárdica
Cardiomiopatia chagásica
Disfunção ventricular
author_facet Eduardo Marinho Tassi
Marcelo Abramoff Continentino
Emília Matos do Nascimento
Basílio de Bragança Pereira
Roberto Coury Pedrosa
author_sort Eduardo Marinho Tassi
title Relação entre Fibrose e Arritmias Ventriculares na Cardiopatia Chagásica sem Disfunção Ventricular
title_short Relação entre Fibrose e Arritmias Ventriculares na Cardiopatia Chagásica sem Disfunção Ventricular
title_full Relação entre Fibrose e Arritmias Ventriculares na Cardiopatia Chagásica sem Disfunção Ventricular
title_fullStr Relação entre Fibrose e Arritmias Ventriculares na Cardiopatia Chagásica sem Disfunção Ventricular
title_full_unstemmed Relação entre Fibrose e Arritmias Ventriculares na Cardiopatia Chagásica sem Disfunção Ventricular
title_sort relação entre fibrose e arritmias ventriculares na cardiopatia chagásica sem disfunção ventricular
publisher Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
series Arquivos Brasileiros de Cardiologia
issn 1678-4170
publishDate 2014-06-01
description Fundamento: Pacientes com doença de Chagas com alteração segmentar apresentam pior prognóstico independentemente da fração de ejeção ventricular esquerda. A ressonância magnética cardíaca é atualmente o melhor método para detecção de alteração segmentar e para avaliação de fibrose miocárdica. Objetivo: Quantificar a fibrose, por meio do realce tardio, pela ressonância magnética cardíaca, em pacientes com doença de Chagas com fração de ejeção ventricular esquerda preservada ou minimamente comprometida (> 45%) e detectar padrões de dependência entre fibrose, alteração segmentar e fração de ejeção ventricular esquerda na presença de arritmia ventricular. Métodos: Foram realizados eletrocardiograma, teste ergométrico, Holter e ressonância magnética cardíaca em 61 pacientes, separados em três grupos: (1) eletrocardiograma normal e ressonância magnética cardíaca sem alteração segmentar; (2) eletrocardiograma alterado e ressonância magnética cardíaca sem alteração segmentar; e (3) ressonância magnética cardíaca com alteração segmentar independentemente de alteração no eletrocardiograma. Resultados: O número de pacientes com arritmia ventricular em relação ao número total de pacientes em cada grupo, a porcentagem de fibrose e a fração de ejeção ventricular esquerda foram, respectivamente: no primeiro grupo, 4/26, 0,74% e 74,34%; no segundo grupo, 4/16, 3,96% e 68,5%; e no terceiro grupo, 11/19, 14,07% e 55,59%. Arritmia ventricular foi encontrada em 31,1% dos pacientes. Aqueles com e sem arritmia ventricular apresentaram fração de ejeção ventricular esquerda média de 59,87% e 70,18%, respectivamente, e fibrose de 11,03% e 3,01%, respectivamente. Das variáveis alteração segmentar, grupos, idade, fração de ejeção ventricular esquerda e fibrose, a última foi a única significativa para a presença de arritmia ventricular, com ponto de corte de 11,78% para massa fibrosada (p < 0,001). Conclusão: Mesmo em pacientes com doença de Chagas com fração de ejeção ventricular esquerda preservada ou minimamente comprometida, a instabilidade elétrica pode estar presente. Fibrose é a variável mais importante para a presença de arritmia ventricular, sendo sua quantidade proporcional à complexidade dos grupos.
topic Arritmias cardíacas
Fibrose miocárdica
Cardiomiopatia chagásica
Disfunção ventricular
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2014000500006&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT eduardomarinhotassi relacaoentrefibroseearritmiasventricularesnacardiopatiachagasicasemdisfuncaoventricular
AT marceloabramoffcontinentino relacaoentrefibroseearritmiasventricularesnacardiopatiachagasicasemdisfuncaoventricular
AT emiliamatosdonascimento relacaoentrefibroseearritmiasventricularesnacardiopatiachagasicasemdisfuncaoventricular
AT basiliodebragancapereira relacaoentrefibroseearritmiasventricularesnacardiopatiachagasicasemdisfuncaoventricular
AT robertocourypedrosa relacaoentrefibroseearritmiasventricularesnacardiopatiachagasicasemdisfuncaoventricular
_version_ 1725602465778237440