Summary: | Com o aumento da demanda mundial por soja, se faz necessário utilizar técnicas alternativas para aumentar a produção da cultura de forma sustentável. A fixação biológica de nitrogênio – FBN realizada por meio de bactérias diazotróficas é considerado uma fonte eficaz e econômica para fornecimento de N para a cultura. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade da soja e bioindicadores do solo em função da inoculação de Bradyrhizobium japonicum isolado e a coinoculação com Azospirillum brasilense em sucessão de culturas de outono-inverno. O trabalho foi desenvolvido na área experimental da Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, MS, na safra 2016/2017. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em parcelas subdivididas com três repetições. Nas parcelas foram alocados os quatros cultivos de outono-inverno (milho solteiro, milho consorciado com Brachiaria ruziziensis, feijão-caupi e B. ruziziensis), e nas subparcelas a inoculação via sementes: sem inoculação (testemunha); inoculação com Bradyrhizobium japonicum e coinoculação de B. japonicum + Azospirillum brasilense. Não foi observado nenhum efeito significativo dos métodos de inoculação nas variáveis estudadas. Os cultivos de outono-inverno influenciaram na produtividade da grãos, na qual, a soja cultivada em sucessão ao milho consorciado e feijão-caupi obtiveram destaque em suas médias. O carbono da biomassa, quociente metabólico e microbiano do solo foram influenciados pelos cultivos, sendo o maior valor de biomassa microbiana encontrado em sucessão ao milho consorciado, em relação ao feijão-caupi, B. ruziziensis e milho solteiro. A atividade da enzima fosfatase ácida não foi influenciada por nenhum fator estudado. O uso de culturas de outono-inverno contribui para o desempenho da soja em sucessão, e contribuem para aumento da biomassa microbiana do solo.
Palavras-chave: coinoculação, microbiologia do solo, rotação de culturas, Glycine max L.
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