Summary: | A descoberta da psicanálise abalou profundamente as fronteiras entre o normal e o patológico no campo da saúde mental. Considerada por Freud como a “ciência dos rastros” e muito diversa do furor sanandi cada vez mais presente no pragmatismo ideológico dos tempos atuais, a invenção freudiana fala do saber inconsciente como um saber sem moradia fixa, assinalando a inquietante presença do enigma em nossas vidas. É inegável que a presença na universidade permitiu um reforço no desenvolvimento da psicanálise, hoje já incorporado à própria história do movimento psicanalítico. Por um lado esse fato posiciona a psicanálise na cultura e na vida política, incluindo para além do tratamento individual, a participação dos analistas nas problemáticas ligadas à saúde mental no século XXI; por outro, coloca em relevo a especificidade do ensino e da transmissão da psicanálise que integra teoria, prática e pesquisa.
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