Ética, biopoder e sociedades tecnocientíficas

O desenvolvimento da tecnociência ofereceu ao homem <br />a possibilidade de domínio da sua própria natureza e da natureza extra-humana. Com isso, foram criados objetos de poder que modificaram a natureza  da  ação  humana,  abrindo  possibilidades  insuspeitas  para  a<br />inventividad...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Vicente de Paulo Barretto, Luís Fernando Moraes de Mello
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) 2010-04-01
Series:Revista Direito e Justiça
Online Access:http://srvapp2s.santoangelo.uri.br/seer/index.php/direito_e_justica/article/view/212
Description
Summary:O desenvolvimento da tecnociência ofereceu ao homem <br />a possibilidade de domínio da sua própria natureza e da natureza extra-humana. Com isso, foram criados objetos de poder que modificaram a natureza  da  ação  humana,  abrindo  possibilidades  insuspeitas  para  a<br />inventividade humana, muitas delas ameaçando a liberdade e a vida futura da <br />humanidade.  Os  conhecimentos  científicos  permitiram  a  produção  de<br />tecnologias  que  se  constituíram  no  epicentro  da  vida  da  sociedade<br />tecnocientífica. Ao mesmo tempo em que trouxeram vantagens significativas <br />para a qualidade da vida humana, a ciência e a técnica transformaram-se em <br />vértebras da sociedade contemporânea sem maiores reflexões éticas, surgindo <br />uma nova forma de poder, o biopoder. O homem reduziu o seu agir ao fazer <br />técnico, que se processa sem referência aos valores e finalidades intrínsecas à <br />pessoa.
ISSN:1676-8558
2178-2466