Racismo de estado e tanatopolítica: Sobre o paradoxo do nazismo em Michel Foucault e Giorgio Agamben

Este artigo propõe-se a expor as reflexões de dois filósofos contemporâneos, quais sejam, Michel Foucault e Giorgio Agamben, de modo a promover um paralelo,ou mesmo uma analogia, entre duas noções que permeiam as obras dos respectivos autores. Estas noções consistem no que Foucault chamou de Racismo...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Francisco Bruno Pereira Diógenes
Format: Article
Language:deu
Published: Universidade de Brasília 2013-12-01
Series:Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea
Subjects:
Online Access:http://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/9525/7517
Description
Summary:Este artigo propõe-se a expor as reflexões de dois filósofos contemporâneos, quais sejam, Michel Foucault e Giorgio Agamben, de modo a promover um paralelo,ou mesmo uma analogia, entre duas noções que permeiam as obras dos respectivos autores. Estas noções consistem no que Foucault chamou de Racismo de Estado, e no que Agamben nomeou de Tanatopolítica. O contexto, e tambémo objeto, no qual se efetiva este intento é, em uma palavra, a política totalitária do Estado nazista.Ambos os autores compreendem os fenômenos totalitários a partir do ponto de vista da biopolítica, entretanto, ao tratar do Estado Nacional-socialista, Foucault identifica nele um paradoxo, sem, contudo desenvolver com maior profundidade a imbricação que ali se deu. Agamben, por sua vez, concebe semelhante paradoxo como pertencendo a uma forma de fazer política que já traz, desde a sua origem, os fundamentos que permitiram a emergência do fenômeno da forma como surgiu e que fora identificada pelos ditos autores, ou seja, trazendo em si tanto elementos antigos, como a glória e os ideais de sangue, quanto modernos, como a eugenia. A pesquisa bibliográfica que aqui se desenvolveu deu-se na leitura de, basicamente, três obras dos supraditos autores, quais sejam, Em defesa da sociedade, História da sexualidade I – A vontade de saber, de um lado (Foucault), e Homo sacer – O poder soberano e a vida nua I, de outro (Agamben).
ISSN:2317-9570
2317-9570