Tradições e punições: A cachaça do marujo e o uísque do comandante

<p>Este artigo parte de um estudo etnográfico, baseado em observação participante, em dois grupos terapêuticos do Centro de Dependência Química (Cedeq) da Marinha do Brasil. Os resultados apontaram que a instituição ao mesmo tempo estimula e proíbe o consumo de etílicos a bordo, aplicando medi...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Elizabeth Espindola Halpern, Ligia Maria Costa Leite
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Federal do Rio de Janeiro 2015-04-01
Series:Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social
Subjects:
Online Access:https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/view/7297
Description
Summary:<p>Este artigo parte de um estudo etnográfico, baseado em observação participante, em dois grupos terapêuticos do Centro de Dependência Química (Cedeq) da Marinha do Brasil. Os resultados apontaram que a instituição ao mesmo tempo estimula e proíbe o consumo de etílicos a bordo, aplicando medidas administrativas e punitivas sem critérios claros, evidenciando diferenças nos modos de beber entre as praças e os oficiais. Em conclusão, a Marinha desconhece em que medida atua como facilitadora da produção do alcoolismo desses pacientes ao sustentar tradições navais favoráveis ao consumo de bebidas durante a jornada laboral e ao aplicar medidas dúbias.</p><p> </p><p><em>This article <strong>Traditions and Punishments: The Deckhand’s Cachaça and the Captain’s Whisky </strong>reports an ethnographic study based on participative observation in two treatment groups at the Brazilian Navy’s Chemical Dependence Centre (Cedeq). The results indicate that the institution simultaneously encourages and prohibits the consumption of alcoholic beverages aboard, applying administrative and punitive measures without any clear criteria, and displaying differences between drinking by seamen and by officers. In conclusion, the Navy is unaware of the extent to which it acts as facilitator of alcoholism among these patients by sustaining naval traditions that favor drinking during work hours and by applying dubious measures.</em></p><p><em><strong>Keywords: </strong>alcoholism, occupational health, work conditions, navy, traditions</em></p>
ISSN:1983-5922
2178-2792