Ajustes espaciais em escala amazônica ou contagem regressiva dos direitos territoriais
O propósito desse texto é reunir e sistematizar processos de contestação social e técnica de estudos ambientais -e respectivos processos de licenciamento ambiental- em curso ou já formalmente concluídos. As controvérsias técnicas e sociais em torno dos grandes projetos hidrelétricos na Amazônia po...
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Universidade Federal de Santa Catarina
2020-10-01
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doaj-2e5d851512814ccf8fed9e5a4d4ac4162020-11-25T03:51:27ZengUniversidade Federal de Santa CatarinaRevista Katálysis1414-49801982-02592020-10-0123358258910.1590/1982-02592020v23n3p58234956Ajustes espaciais em escala amazônica ou contagem regressiva dos direitos territoriaisLuis Fernando Novoa Garzon0Universidade Federal de RondôniaO propósito desse texto é reunir e sistematizar processos de contestação social e técnica de estudos ambientais -e respectivos processos de licenciamento ambiental- em curso ou já formalmente concluídos. As controvérsias técnicas e sociais em torno dos grandes projetos hidrelétricos na Amazônia podem ser convertidas em fóruns multisetoriais que constituam espaços de mútua “tradução” entre metodologias e procedimentos científicos e conhecimentos tradicionais e ainda entre interesses nacionais, locais e difusos. Dispor e articular esses elementos de aprendizado mútuo é condição para o surgimento de novos paradigmas na concepção e implementação de estudos de impacto ambiental no Brasil. O texto pretende ademais demonstrar, a partir da implementação das Usinas Hidrelétricas Santo Antônio e Jirau no rio Madeira (Rondônia, Brasil), os caminhos institucionais e discursivos específicos adotados na expansão da fronteira elétrica na Amazônia, que precificam e nivelam por baixo padrões de proteção ambiental e de direitos sociais e culturais vigentes no país.https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/68395licenciamento ambiental de grandes projetosdesterritorializaçãodireitos territoriaiscomunidades ribeirinhas amazônicas |
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O propósito desse texto é reunir e sistematizar processos de contestação social e técnica de estudos ambientais -e respectivos processos de licenciamento ambiental- em curso ou já formalmente concluídos. As controvérsias técnicas e sociais em torno dos grandes projetos hidrelétricos na Amazônia podem ser convertidas em fóruns multisetoriais que constituam espaços de mútua “tradução” entre metodologias e procedimentos científicos e conhecimentos tradicionais e ainda entre interesses nacionais, locais e difusos. Dispor e articular esses elementos de aprendizado mútuo é condição para o surgimento de novos paradigmas na concepção e implementação de estudos de impacto ambiental no Brasil. O texto pretende ademais demonstrar, a partir da implementação das Usinas Hidrelétricas Santo Antônio e Jirau no rio Madeira (Rondônia, Brasil), os caminhos institucionais e discursivos específicos adotados na expansão da fronteira elétrica na Amazônia, que precificam e nivelam por baixo padrões de proteção ambiental e de direitos sociais e culturais vigentes no país. |
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