Nação, simbolismo e revolução na Ucrânia: experiência etnográfica tensa na/da liminaridade
Na Ucrânia, uma ex-colônia do Império Russo e ex-república da União Soviética, entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, milhares de pessoas tomaram as ruas dos centros urbanos, principalmente a Maidan Nezalejnosti, a praça principal de Kiev. Os manifestantes reivindicavam a assinatura de um acor...
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Universidade de São Paulo (USP)
2020-12-01
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doaj-2e951ce197f8492a9dc61b031c766f032021-02-02T16:08:52ZporUniversidade de São Paulo (USP)Revista de Antropologia0034-77011678-98572020-12-01633Nação, simbolismo e revolução na Ucrânia: experiência etnográfica tensa na/da liminaridadeFabiano Gontijo0Universidade Federal do Pará Na Ucrânia, uma ex-colônia do Império Russo e ex-república da União Soviética, entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, milhares de pessoas tomaram as ruas dos centros urbanos, principalmente a Maidan Nezalejnosti, a praça principal de Kiev. Os manifestantes reivindicavam a assinatura de um acordo de livre-comércio com a União Europeia. Como o presidente decidiu adiar a assinatura do acordo, em prol do estreitamento dos laços com a Rússia, o movimento de protesto passou a reivindicar a renúncia do governo. O processo revolucionário assim desencadeado, conhecido como EuroMaidan ou Revolução da Dignidade, representaria um espaço-tempo liminar, durante o qual formas e ações simbólicas seriam negociadas para a conformação de uma nova ideologia de nation-building, marcada por uma forte distanciação dos vínculos históricos com a Rússia. Trata-se aqui de apresentar algumas reflexões etnográficas sobre as formas e ações simbólicas de uma nação em vias de reconstrução a partir de observações realizadas em Kiev na primeira metade de fevereiro de 2014. https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/178853NaçãosimbolismosociaçãoliminaridadeEuromaidan |
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