Espaço, lugar, identidade: geografias raciais em Our Nig, de Harriet E. Wilson
Este ensaio examina Our Nig, publicado em 1859 e considerado o primeiro romance escrito por uma mulher afrodescendente nos Estados Unidos, como uma crítica ao racismo contra os negros residentes nos estados do Norte do país, região normalmente vista pelos negros sulistas como solidária à causa aboli...
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Universidade Federal de Minas Gerais
2013-12-01
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doaj-30429dd4bb9d45219600e869d260adb02020-11-25T02:36:04ZengUniversidade Federal de Minas GeraisAletria: Revista de Estudos de Literatura1679-37492317-20962013-12-0123318719810.17851/2317-2096.23.3.187-1984462Espaço, lugar, identidade: geografias raciais em Our Nig, de Harriet E. WilsonJose de Paiva dos SantosEste ensaio examina Our Nig, publicado em 1859 e considerado o primeiro romance escrito por uma mulher afrodescendente nos Estados Unidos, como uma crítica ao racismo contra os negros residentes nos estados do Norte do país, região normalmente vista pelos negros sulistas como solidária à causa abolicionista. À luz de insights provenientes da antropologia cultural e da geografia social, o texto discutirá como Harriet E. Wilson representa a formação de espaços e lugares racializados, que acabam se tornando ferramentas de dominação e exploração da mão de obra negra. Através dos abusos à personagem central do romance, a mulata Frado, Wilson discute a racialização dos lugares em uma residência em particular, a da família Bellmont. No entanto, fica evidente que o escopo crítico do romance é bem mais amplo. Além de expor ideologias raciais oitocentistas que sustentavam a demarcação racial dos espaços, ao usar a casa como metáfora para a nação, a autora traz à tona uma contradição inerente no pensamento abolicionista: por um lado, a abominação da escravidão; por outro, a segregação e a exclusão social do sujeito negro.http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/4116EspaçoescravidãoraçaromanceEstados Unidos |
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Este ensaio examina Our Nig, publicado em 1859 e considerado o primeiro romance escrito por uma mulher afrodescendente nos Estados Unidos, como uma crítica ao racismo contra os negros residentes nos estados do Norte do país, região normalmente vista pelos negros sulistas como solidária à causa abolicionista. À luz de insights provenientes da antropologia cultural e da geografia social, o texto discutirá como Harriet E. Wilson representa a formação de espaços e lugares racializados, que acabam se tornando ferramentas de dominação e exploração da mão de obra negra. Através dos abusos à personagem central do romance, a mulata Frado, Wilson discute a racialização dos lugares em uma residência em particular, a da família Bellmont. No entanto, fica evidente que o escopo crítico do romance é bem mais amplo. Além de expor ideologias raciais oitocentistas que sustentavam a demarcação racial dos espaços, ao usar a casa como metáfora para a nação, a autora traz à tona uma contradição inerente no pensamento abolicionista: por um lado, a abominação da escravidão; por outro, a segregação e a exclusão social do sujeito negro. |
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