Observações sobre os níveis glicêmicos de Holochilus brasiliensis nanus Thomas, 1897, hospedeiro natural do Schistosoma mansoni na Pré-Amazônia Observations on glicemic levels of Holochilus brasiliensis nanus Thomas, 1897, natural host of Schistosoma mansoni from lower Amazonia

Roedores silvestres, nascidos em biotério, descendentes de Holochilus b. nanus, capturados na região da Baixada Maranhense, localizada na Pré-Amazônia, foram infectados experimentalmente com Schistosoma mansoni, procedente da mesma Região, com o objetivo de verificar a influência da infecção sobre o...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Othon de Carvalho Bastos, Grace Mary Jorge Pires Leal, Bernardete Jorge Leal Salgado
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 1985-12-01
Series:Revista de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101985000600004
Description
Summary:Roedores silvestres, nascidos em biotério, descendentes de Holochilus b. nanus, capturados na região da Baixada Maranhense, localizada na Pré-Amazônia, foram infectados experimentalmente com Schistosoma mansoni, procedente da mesma Região, com o objetivo de verificar a influência da infecção sobre os níveis glicêmicos. Um grupo de roedores não infectados tiveram, também, seus níveis glicêmicos determinados, para o conhecimento da concentração normal de glicose. O estudo procedeu distinguindo os animais, tanto os normais quanto os infectados, por sexo, regime alimentar e idade de infecção. A quantificação da glicose sérica foi feita pelo método da Orto-Toluidina, após sangrias semanais pelo plexo oftálmico, sempre no mesmo horário. Os resultados mostraram que ocorreu elevação de pesos corporais de todos os animais normais, durante suas maturações, ao passo que, os animais infectados, tiveram seus pesos em decréscimo, durante a evolução da infecção. Os níveis glicêmicos estudados nos animais normais mostraram que as fêmeas possuem nível mais baixo e estável do que os machos, independente de terem sido alimentados ou não. Os animais infectados aos 30 dias de vida tiveram seus níveis glicêmicos em declínio à proporção que a infecção evoluía, provavelmente, devido ao acometimento dos órgãos, como baço, fígado e pâncreas; enquanto que, os animais infectados aos 40 dias de vida, tiveram seus níveis de glicose, durante as 8 semanas de infecção, sem diferença significativa entre eles. O número de vermes adultos recuperados nos animais infectados com 30 dias de vida foi maior do que o número encontrado nos roedores do outro grupo. Os dados informaram, também, que, a idade ideal para a infecção deste novo modelo experimental, deva ser a de 30 dias de vida, semelhante a outros, como camundongos.<br>Laboratory-reared wild rodents descended from Holochilus b. nanus and captured in the lowland region of lower Amazonia, were experimentally infected with Schistosoma mansoni from the same region in order to verify the influence of the infection on glicemic levels. A normal rodent group was also investigated in order to ascertain the normal glucose serum levels. Both groups (normal and infected animals) were carefully differentiated according to sex, alimentary regime and infection time. The bleeding was done weekly in the ophtaimic plexus, and always at the same scheduled time. The glucose was quantified by means of the Ortho-Toluidin method. The results showed body-weight increase in every normal animal during this maturation, the infected animals showed weight decrease along with the development of the infection. The normal female animals had lower and more stable glucose levels, than the males, whether fed or not. In the 30-day-old infected animals the glucose levels declined as the infection developed (because it may be supposed, of the way the organs such as the liver, the spleen and the pancreas were affected). The glucose levels in the 40-day-old infected animals, during the 8 weeks of infection, did not vary significantly. The number of adult worms recovered from the 30-day-old infected animals were greater than from the other group. The data also showed that the ideal age for infection in this experimental model was at 30 days of life, similar to that of others, such as mice.
ISSN:0034-8910
1518-8787