Summary: | A proporção de câncer atribuída à ocupação é bastante variável, com estimativas parcialmente dependentes de características das subpopulações expostas, tipo de tumor e da metodologia empregada. Uma das principais dificuldades para a estimativa destas proporções é reconstruir a experiência ocupacional individual. Métodos adequados de avaliação retrospectiva da exposição ocupacional são essenciais nos estudos epidemiológicos para evitar erros de classificação. Nesta revisão, tais métodos, tanto de cunho qualitativo quanto quantitativo, são discutidos considerando-se que estas avaliações requerem abordagens progressivas e sem hierarquia preestabelecida. Métodos de avaliação da exposição por meio de mensurações ambientais, indicadores biológicos, questionários e entrevistas, exame caso a caso por especialistas, ou matrizes de exposição ocupacional, são comparados em relação às vantagens, limitações, acurácia e validade dos métodos. Para as práticas de vigilância em saúde, todas as propostas anteriores são úteis, mas destaca-se o uso das matrizes de exposição ocupacional, construídas com base em dados secundários.
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