Summary: | Resumo Neste artigo, propõe-se a incorporação de duas categorias de análise – gênero e território – à reflexão sobre práticas matemáticas protagonizadas por estudantes da Educação de Pessoas Jovens e Adultas (EJA). O referencial teórico estabelece um diálogo entre os campos da Educação Matemática, da Geografia e dos Estudos de Gênero para analisar o material empírico produzido por meio de observações das aulas de matemática e de entrevistas com catadoras e catadores de materiais recicláveis, com idade entre 18 e 69 anos, que participavam de um projeto de EJA numa Associação. O texto expõe as tensões entre o desejo de uniformidade das práticas matemáticas do território escolar e a heterogeneidade dessas práticas nos territórios da casa e do trabalho. Abdicar da compreensão das marcas simbólicas, econômicas e políticas desses territórios determina o silenciamento de práticas matemáticas outras no contexto escolar, aumentando a desigualdade das relações de gênero.
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