PORTUGAL E A GUERRA CIVIL DE ESPANHA (1936-1939): UMA INTRODUÇÃO
A Guerra Civil de Espanha (1936-1939), identificada por César Oliveira, o mais reputado hispanista português, como "a última das guerras político-ideológico-religiosas da Europa"[i], teve profundas repercussões internacionais, de Lisboa a Moscovo e, se incluirmos a participação das Brigada...
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Universidade Federal de Santa Catarina
2014-12-01
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doaj-346cd45cce82426795b7ed53dd57a48c2020-11-25T00:48:17ZengUniversidade Federal de Santa CatarinaEsboços1414-722X2175-79762014-12-01213220422310.5007/2175-7976.2014v21n32p20424446PORTUGAL E A GUERRA CIVIL DE ESPANHA (1936-1939): UMA INTRODUÇÃORuben Serem0Early Career Fellow da Leverhulme Trust, London.A Guerra Civil de Espanha (1936-1939), identificada por César Oliveira, o mais reputado hispanista português, como "a última das guerras político-ideológico-religiosas da Europa"[i], teve profundas repercussões internacionais, de Lisboa a Moscovo e, se incluirmos a participação das Brigadas Internacionais, de Havana a Xangai.[ii] Uma opinião partilhada pelo ditador português António de Oliveira Salazar, que famosamente definiu o conflito como "uma guerra internacional num campo de batalha nacional".[iii]De facto, para Salazar, a Guerra de Espanha apresentou-se como uma oportunidade única para radicalizar o Estado Novo, nascido de uma ditadura militar cuja génese foi o golpe de estado de 28 de Maio de 1926. Concomitantemente, o segundo (e não menos importante) objetivo do regime era substituir a jovem democracia espanhola, implantada em 1931, por um governo ideologicamente compatível com o Estado Novo. A vitória da autodenominada fação Nacionalista (uma nomenclatura que pressupunha que a República Espanhola era antipatriota), caudilhada pelo General Francisco Franco Bahamonde, foi fator determinante para a consolidação das ditaduras salazarista e franquista, que viriam a sobreviver ao colapso do fascismo europeu no pós-Segunda Guerra Mundial e perdurar até 1974, em Portugal, e 1975, em Espanhahttps://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/41394Guerra Civil de Espanha1936-1939Estado NovoAntónio de Oliveira SalazarFrancisco Franco Bahamonderelações luso-espanholas |
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A Guerra Civil de Espanha (1936-1939), identificada por César Oliveira, o mais reputado hispanista português, como "a última das guerras político-ideológico-religiosas da Europa"[i], teve profundas repercussões internacionais, de Lisboa a Moscovo e, se incluirmos a participação das Brigadas Internacionais, de Havana a Xangai.[ii] Uma opinião partilhada pelo ditador português António de Oliveira Salazar, que famosamente definiu o conflito como "uma guerra internacional num campo de batalha nacional".[iii]De facto, para Salazar, a Guerra de Espanha apresentou-se como uma oportunidade única para radicalizar o Estado Novo, nascido de uma ditadura militar cuja génese foi o golpe de estado de 28 de Maio de 1926. Concomitantemente, o segundo (e não menos importante) objetivo do regime era substituir a jovem democracia espanhola, implantada em 1931, por um governo ideologicamente compatível com o Estado Novo. A vitória da autodenominada fação Nacionalista (uma nomenclatura que pressupunha que a República Espanhola era antipatriota), caudilhada pelo General Francisco Franco Bahamonde, foi fator determinante para a consolidação das ditaduras salazarista e franquista, que viriam a sobreviver ao colapso do fascismo europeu no pós-Segunda Guerra Mundial e perdurar até 1974, em Portugal, e 1975, em Espanha |
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