CONSTRUÇÕES RESULTATIVAS INFINITIVAS EM PORTUGUÊS BRASILEIRO

O objetivo deste trabalho é retomar a discussão sobre construções resultativas em português brasileiro, presentes especialmente nos trabalhos de Lobato (2004) e Barbosa (2008). Argumentamos que, embora do ponto de vista sintático essas construções sejam diferentes em português e inglês (ver MARCELIN...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Roberlei BERTUCCI
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 2014-01-01
Series:Alfa: Revista de Lingüística
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-57942014000300623&lng=en&tlng=en
id doaj-3534576bcc8f460d8d0218d933b6c68e
record_format Article
spelling doaj-3534576bcc8f460d8d0218d933b6c68e2020-11-24T23:06:59ZengUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FilhoAlfa: Revista de Lingüística1981-57942014-01-0158362364410.1590/1981-5794-1409-5S1981-57942014000300623CONSTRUÇÕES RESULTATIVAS INFINITIVAS EM PORTUGUÊS BRASILEIRORoberlei BERTUCCIO objetivo deste trabalho é retomar a discussão sobre construções resultativas em português brasileiro, presentes especialmente nos trabalhos de Lobato (2004) e Barbosa (2008). Argumentamos que, embora do ponto de vista sintático essas construções sejam diferentes em português e inglês (ver MARCELINO, 2007; BARBOSA, 2008), do ponto de vista semântico, é possível que se encontrem similaridades entre elas. Nossa proposta parte da análise sobre o fenômeno apresentada em Parsons (1990): ao traçar um paralelo entre sentenças como "John hammered the metal flat" - chamadas pelo autor de "resultative tags" - e "João martelou a lata até achatar", concluímos que esta sentença em português tem as mesmas propriedades semânticas e a mesma forma lógica das resultative tags em inglês. Isso nos leva a assumir que o português brasileiro possui, sim, construções resultativas (ao contrário do que afirma Barbosa), mas que essas construções não são aquelas propostas por Lobato (2004), tais como "Maria cortou o cabelo curto". Nesse caso, entendemos que está correta a observação de Barbosa (2008) de que essas construções se relacionam ao estado resultante e não a construções resultativas como ocorre no inglês.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-57942014000300623&lng=en&tlng=enEstadoModificaçãoPreposição "até"ResultativasSemântica de eventos
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Roberlei BERTUCCI
spellingShingle Roberlei BERTUCCI
CONSTRUÇÕES RESULTATIVAS INFINITIVAS EM PORTUGUÊS BRASILEIRO
Alfa: Revista de Lingüística
Estado
Modificação
Preposição "até"
Resultativas
Semântica de eventos
author_facet Roberlei BERTUCCI
author_sort Roberlei BERTUCCI
title CONSTRUÇÕES RESULTATIVAS INFINITIVAS EM PORTUGUÊS BRASILEIRO
title_short CONSTRUÇÕES RESULTATIVAS INFINITIVAS EM PORTUGUÊS BRASILEIRO
title_full CONSTRUÇÕES RESULTATIVAS INFINITIVAS EM PORTUGUÊS BRASILEIRO
title_fullStr CONSTRUÇÕES RESULTATIVAS INFINITIVAS EM PORTUGUÊS BRASILEIRO
title_full_unstemmed CONSTRUÇÕES RESULTATIVAS INFINITIVAS EM PORTUGUÊS BRASILEIRO
title_sort construções resultativas infinitivas em português brasileiro
publisher Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
series Alfa: Revista de Lingüística
issn 1981-5794
publishDate 2014-01-01
description O objetivo deste trabalho é retomar a discussão sobre construções resultativas em português brasileiro, presentes especialmente nos trabalhos de Lobato (2004) e Barbosa (2008). Argumentamos que, embora do ponto de vista sintático essas construções sejam diferentes em português e inglês (ver MARCELINO, 2007; BARBOSA, 2008), do ponto de vista semântico, é possível que se encontrem similaridades entre elas. Nossa proposta parte da análise sobre o fenômeno apresentada em Parsons (1990): ao traçar um paralelo entre sentenças como "John hammered the metal flat" - chamadas pelo autor de "resultative tags" - e "João martelou a lata até achatar", concluímos que esta sentença em português tem as mesmas propriedades semânticas e a mesma forma lógica das resultative tags em inglês. Isso nos leva a assumir que o português brasileiro possui, sim, construções resultativas (ao contrário do que afirma Barbosa), mas que essas construções não são aquelas propostas por Lobato (2004), tais como "Maria cortou o cabelo curto". Nesse caso, entendemos que está correta a observação de Barbosa (2008) de que essas construções se relacionam ao estado resultante e não a construções resultativas como ocorre no inglês.
topic Estado
Modificação
Preposição "até"
Resultativas
Semântica de eventos
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-57942014000300623&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT roberleibertucci construcoesresultativasinfinitivasemportuguesbrasileiro
_version_ 1725620715231641600