Cidadania e trabalho informal na Fortaleza do século XIX

O artigo analisa a tensão entre o poder público e os trabalhadores comuns da cidade de Fortaleza, durante o século XIX. Em um primeiro momento os trabalhadores, em meio à tradição local, circulavam livremente pelo espaço público. Na segunda metade do século XIX, após intenso processo de modernização...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Martonio Mont'Alverne Barreto Lima, Daniel Camurça Correia
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) 2018-07-01
Series:Direito e Desenvolvimento
Online Access:https://periodicos.unipe.br/index.php/direitoedesenvolvimento/article/view/627
id doaj-356a2d45020642aabd8584eb304083c1
record_format Article
spelling doaj-356a2d45020642aabd8584eb304083c12020-11-24T22:04:49ZporCentro Universitário de João Pessoa (Unipê)Direito e Desenvolvimento2177-00262236-08592018-07-0191879910.25246/direitoedesenvolvimento.v9i1.627627Cidadania e trabalho informal na Fortaleza do século XIXMartonio Mont'Alverne Barreto Lima0Daniel Camurça Correia1Universidade de Fortaleza (UNIFOR)Universidade de Fortaleza (UNIFOR)O artigo analisa a tensão entre o poder público e os trabalhadores comuns da cidade de Fortaleza, durante o século XIX. Em um primeiro momento os trabalhadores, em meio à tradição local, circulavam livremente pelo espaço público. Na segunda metade do século XIX, após intenso processo de modernização e aformoseamento da cidade, os populares foram obrigados a migrarem para a marginalidade, proibidos de trabalhar em nome da civilidade e dos bons costumes, com amparo no direito posto que institucionalizava tais limitações de circulações. O objetivo do texto é entender como o processo de afastamento dos vendedores e carregados de seus direitos costumeiros ao trabalho foi retirado paulatinamente de suas mãos. Conclui-se com esta pesquisa que as leis aprovadas pela elite política fortalezense beneficiaram a emergente classe comerciante em detrimento dos trabalhadores pobres, afastando-os do acesso à cidadania e aos seus direitos. Chama a atenção que o direito já consolidado da liberdade de ir e vir, amparado pela garantia do não significou impedimento para a aplicação de uma legislação local que limitava exatamente a mesma liberdade de ir e vir. Tal fato provoca inevitavelmente a discussão sobre a força do direito em sociedade fortemente patrimonialistahttps://periodicos.unipe.br/index.php/direitoedesenvolvimento/article/view/627
collection DOAJ
language Portuguese
format Article
sources DOAJ
author Martonio Mont'Alverne Barreto Lima
Daniel Camurça Correia
spellingShingle Martonio Mont'Alverne Barreto Lima
Daniel Camurça Correia
Cidadania e trabalho informal na Fortaleza do século XIX
Direito e Desenvolvimento
author_facet Martonio Mont'Alverne Barreto Lima
Daniel Camurça Correia
author_sort Martonio Mont'Alverne Barreto Lima
title Cidadania e trabalho informal na Fortaleza do século XIX
title_short Cidadania e trabalho informal na Fortaleza do século XIX
title_full Cidadania e trabalho informal na Fortaleza do século XIX
title_fullStr Cidadania e trabalho informal na Fortaleza do século XIX
title_full_unstemmed Cidadania e trabalho informal na Fortaleza do século XIX
title_sort cidadania e trabalho informal na fortaleza do século xix
publisher Centro Universitário de João Pessoa (Unipê)
series Direito e Desenvolvimento
issn 2177-0026
2236-0859
publishDate 2018-07-01
description O artigo analisa a tensão entre o poder público e os trabalhadores comuns da cidade de Fortaleza, durante o século XIX. Em um primeiro momento os trabalhadores, em meio à tradição local, circulavam livremente pelo espaço público. Na segunda metade do século XIX, após intenso processo de modernização e aformoseamento da cidade, os populares foram obrigados a migrarem para a marginalidade, proibidos de trabalhar em nome da civilidade e dos bons costumes, com amparo no direito posto que institucionalizava tais limitações de circulações. O objetivo do texto é entender como o processo de afastamento dos vendedores e carregados de seus direitos costumeiros ao trabalho foi retirado paulatinamente de suas mãos. Conclui-se com esta pesquisa que as leis aprovadas pela elite política fortalezense beneficiaram a emergente classe comerciante em detrimento dos trabalhadores pobres, afastando-os do acesso à cidadania e aos seus direitos. Chama a atenção que o direito já consolidado da liberdade de ir e vir, amparado pela garantia do não significou impedimento para a aplicação de uma legislação local que limitava exatamente a mesma liberdade de ir e vir. Tal fato provoca inevitavelmente a discussão sobre a força do direito em sociedade fortemente patrimonialista
url https://periodicos.unipe.br/index.php/direitoedesenvolvimento/article/view/627
work_keys_str_mv AT martoniomontalvernebarretolima cidadaniaetrabalhoinformalnafortalezadoseculoxix
AT danielcamurcacorreia cidadaniaetrabalhoinformalnafortalezadoseculoxix
_version_ 1725828568548638720