Narrativas desenvolvimentais de médiuns da umbanda à luz do modelo bioecológico

A mediunidade representa uma prática de cunho cultural presente em diferentes tradições. Este estudo teve por objetivo conhecer os processos desenvolvimentais de pessoas que atuam como médiuns em comunidades umbandistas. A amostra foi composta por cinco médiuns do sexo feminino e com idades entre 26...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Fábio Scorsolini-Comin, Maria Teresa de Assis Campos
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 2018-07-01
Series:Estudos e Pesquisas em Psicologia
Subjects:
Online Access:https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/35213
Description
Summary:A mediunidade representa uma prática de cunho cultural presente em diferentes tradições. Este estudo teve por objetivo conhecer os processos desenvolvimentais de pessoas que atuam como médiuns em comunidades umbandistas. A amostra foi composta por cinco médiuns do sexo feminino e com idades entre 26 e 43 anos. Foram empregadas a técnica da história oral de vida e um roteiro de entrevista semiestruturado. A análise foi realizada a partir do modelo bioecológico do desenvolvimento humano. É possível dizer que a umbanda e a mediunidade atuam no macrossistema e no macrotempo, pois inserem as médiuns em uma história social e em um contexto cultural que passa a dar sentido às suas experiências. A umbanda e o trabalho mediúnico apareceram como ferramentas importantes no enfrentamento de momentos considerados críticos, como situações de adoecimento e de maior instabilidade emocional. Tornar-se médium representou uma transição ecológica significativa, de modo que a mediunidade foi um marco no desenvolvimento das participantes ao longo do ciclo vital, oferecendo repertórios simbólicos e culturais para a compreensão de suas histórias de vida.
ISSN:1808-4281