Trabalho, escolaridade e saúde reprodutiva: um estudo etno-epidemiológico com jovens mulheres pertencentes a uma coorte de nascimento
Em 2001, realizou-se em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, um estudo etno-epidemiológico com mulheres jovens que residiam em 27% dos setores censitários da cidade, pertencentes ao estudo de coorte dos nascidos em 1982. Os fatores associados à gravidez juvenil foram investigados por meio de um estud...
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Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz
2006-01-01
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doaj-36175b7fd4c54b999cb2559c24a988812020-11-24T23:32:16ZengEscola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo CruzCadernos de Saúde Pública0102-311X1678-44642006-01-0122714591469Trabalho, escolaridade e saúde reprodutiva: um estudo etno-epidemiológico com jovens mulheres pertencentes a uma coorte de nascimentoGonçalves HelenGigante DeniseEm 2001, realizou-se em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, um estudo etno-epidemiológico com mulheres jovens que residiam em 27% dos setores censitários da cidade, pertencentes ao estudo de coorte dos nascidos em 1982. Os fatores associados à gravidez juvenil foram investigados por meio de um estudo de caso-controle. Os casos (n = 420) foram identificados pelo Sistema Nacional de Registro de Nascidos Vivos e o grupo controle incluiu 408 jovens sem filhos. Para entender os fatores e significados sócio-culturais da gravidez até 19 anos, o componente etnográfico foi desenvolvido com 23 mulheres. Levando-se em conta a possibilidade de complementação entre as duas abordagens utilizadas, foram privilegiados, por sua importância na juventude e na sua transição para a fase adulta, trabalho, escolaridade, sexualidade e saúde reprodutiva. Os resultados demonstraram associação linear inversa entre a idade do primeiro namoro e paridade (p < 0,001). Priorizando os contextos e valores sociais (tradicionais e/ou modernos), foi possível compreender que a gravidez é uma decorrência positiva do envolvimento afetivo com o companheiro; expõe a sexualidade juvenil; confere novo status no grupo e dá certa autonomia social.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006000700010Gravidez na AdolescênciaSexualidadeEscolaridadeTrabalho |
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Em 2001, realizou-se em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, um estudo etno-epidemiológico com mulheres jovens que residiam em 27% dos setores censitários da cidade, pertencentes ao estudo de coorte dos nascidos em 1982. Os fatores associados à gravidez juvenil foram investigados por meio de um estudo de caso-controle. Os casos (n = 420) foram identificados pelo Sistema Nacional de Registro de Nascidos Vivos e o grupo controle incluiu 408 jovens sem filhos. Para entender os fatores e significados sócio-culturais da gravidez até 19 anos, o componente etnográfico foi desenvolvido com 23 mulheres. Levando-se em conta a possibilidade de complementação entre as duas abordagens utilizadas, foram privilegiados, por sua importância na juventude e na sua transição para a fase adulta, trabalho, escolaridade, sexualidade e saúde reprodutiva. Os resultados demonstraram associação linear inversa entre a idade do primeiro namoro e paridade (p < 0,001). Priorizando os contextos e valores sociais (tradicionais e/ou modernos), foi possível compreender que a gravidez é uma decorrência positiva do envolvimento afetivo com o companheiro; expõe a sexualidade juvenil; confere novo status no grupo e dá certa autonomia social. |
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