ARTE VISUAL, MULTIMODALIDADE E ACESSIBILIDADE: UMA PROPOSTA DE AUDIODESCRIÇÃO

Hoje, graças a alguns avanços tecnológicos, é possível conferir mais autonomia às pessoas com deficiências, as quais podem executar determinadas atividades diárias sem depender de terceiros. Uma nova técnica, denominada Audiodescrição, que em poucas palavras significa a tradução de imagens em palavr...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Marisa Ferreira Aderaldo
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual do Ceará 2019-09-01
Series:Linguagem em Foco
Subjects:
Online Access:https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/1851
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publishDate 2019-09-01
description Hoje, graças a alguns avanços tecnológicos, é possível conferir mais autonomia às pessoas com deficiências, as quais podem executar determinadas atividades diárias sem depender de terceiros. Uma nova técnica, denominada Audiodescrição, que em poucas palavras significa a tradução de imagens em palavras, preferentemente associada a uma mídia sonora, tem-se mostrado prática empoderadora, pois permite que pessoas com deficiência visual acompanhem programações verbo-visuais, ou sonoro-visuais em meios multisemióticos como cinema e televisão, com autonomia. Em países como Alemanha, Espanha, Japão, Estados Unidos e mais timidamente no Brasil, o uso da audiodescrição mostra seu potencial socialmente integrador. Entretanto, sua aplicação a textos não-verbais como pinturas, gravuras e desenhos apresentados em espaços museais ainda carece de implementação. A tradução de imagens em palavras (audiodescrição) é uma técnica tradutória que pode ser combinada a equipamentos simples, como um leitor de MP3, por exemplo, para suporte da audiodescrição oralizada. A tradução verbal de uma imagem, que em princípio pode ser realizada por qualquer vidente, é na realidade uma técnica tradutória que requer treinamento e conhecimento teórico, pois é um texto cuja finalidade atende a um público com necessidades específicas. Pensando na formação de audiodescritores, esta reflexão partiu da hipótese de que o modelo semiótico sistêmico-funcional que O´Toole (1995, 2011) adaptou para a linguagem não-verbal, a partir da teoria linguística de Halliday (1982), é ferramenta potencialmente útil para audiodescritores. Para demonstrar a aplicabilidade do modelo trifuncional da linguagem não-verbal, analisamos a pintura mundialmente conhecida, a obra Moça com brinco de pérola de Johannes Vermeer sob a taxonomia otooleana de Unidades e Metafunções, e elaboramos uma proposta de roteiro de audiodescriçação. Este trabalho concluiu que o modelo sistêmico-funcional pode ser poderosa ferramenta auxiliar aos audiodescritores e audiodescritores em formação.
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