Bem Viver e Ecossocioeconomias: uma síntese
Diante do fenômeno das mudanças climáticas, não faz sentido discutir Bem Viver (BV) subjetivamente, sem correlacioná-lo ao significado de bem comum. O objetivo é dialogar sobre o tema do Bem Viver em perspectiva intergeracional na dialética entre subjetividade e bem comum, homem-natureza, considerad...
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Universidade Federal do Paraná
2018-10-01
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Series: | Desenvolvimento e Meio Ambiente |
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doaj-37401684725b45289e583a8947feed562021-04-02T15:44:45ZengUniversidade Federal do ParanáDesenvolvimento e Meio Ambiente1518-952X2176-91092018-10-0147010.5380/dma.v47i0.6243130152Bem Viver e Ecossocioeconomias: uma sínteseCarlos Alberto Cioce SampaioCraig David ParksOklinger Mantovaneli Jr.Robert Joseph QuinlanLiliane Cristine Schlemer AlcântaraDiante do fenômeno das mudanças climáticas, não faz sentido discutir Bem Viver (BV) subjetivamente, sem correlacioná-lo ao significado de bem comum. O objetivo é dialogar sobre o tema do Bem Viver em perspectiva intergeracional na dialética entre subjetividade e bem comum, homem-natureza, considerados como falsos binômios. Trata-se de um ensaio. O BV, mais do que condição material, socioeducacional e de saúde, é estado particular de felicidade, no qual vigoram padrões culturais distintos. Não se nega abstrair a lógica econômica – na qual o sujeito calcula consequências individuais, mas releva territorialmente o bem comum –, e não é ela hegemônica ou mesmo determinante nos processos de produção e reprodução humana, dos quais resulta o sujeito esvaziado. Por fim, o BV não pode ficar relegado a conquistas de outras gerações ou ainda a um modo de vida “cool”, desresponsabilizado e descontextualizado em relação a gerações futuras. Subjetividade e bem comum podem se reconciliar no plano de uma esfera societária que não seja reduzida a mero cálculo e em que o ser humano não abra mão, nem ao outro (política) nem a si (psique), da produção de caminho ecossocioeconômico, o que constitui uma vida humana associada que não relegue sistemicamente o seu próprio processo de socialização.https://revistas.ufpr.br/made/article/view/62431bem viverdinâmica socioambientalsubjetividadebem comum |
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Diante do fenômeno das mudanças climáticas, não faz sentido discutir Bem Viver (BV) subjetivamente, sem correlacioná-lo ao significado de bem comum. O objetivo é dialogar sobre o tema do Bem Viver em perspectiva intergeracional na dialética entre subjetividade e bem comum, homem-natureza, considerados como falsos binômios. Trata-se de um ensaio. O BV, mais do que condição material, socioeducacional e de saúde, é estado particular de felicidade, no qual vigoram padrões culturais distintos. Não se nega abstrair a lógica econômica – na qual o sujeito calcula consequências individuais, mas releva territorialmente o bem comum –, e não é ela hegemônica ou mesmo determinante nos processos de produção e reprodução humana, dos quais resulta o sujeito esvaziado. Por fim, o BV não pode ficar relegado a conquistas de outras gerações ou ainda a um modo de vida “cool”, desresponsabilizado e descontextualizado em relação a gerações futuras. Subjetividade e bem comum podem se reconciliar no plano de uma esfera societária que não seja reduzida a mero cálculo e em que o ser humano não abra mão, nem ao outro (política) nem a si (psique), da produção de caminho ecossocioeconômico, o que constitui uma vida humana associada que não relegue sistemicamente o seu próprio processo de socialização. |
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