Prevalência e vulnerabilidade à infecção pelo HIV de moradores de rua em São Paulo, SP Prevalencia y vulnerabilidad a la infección por VIH en personas que viven en la calle en Sao Paulo, Brasil Prevalence and vulnerability of homeless people to HIV infection in São Paulo, Brazil

OBJETIVO: Analisar a prevalência e o perfil de vulnerabilidade ao HIV de moradores de rua. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra não probabilística de 1.405 moradores de rua usuários de instituições de acolhimento de São Paulo, SP, de 2006 a 2007. Foi realizado teste anti-HIV e aplicado questionár...

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Bibliographic Details
Main Authors: Alexandre Grangeiro, Márcia Moreira Holcman, Elisabete Taeko Onaga, Herculano Duarte Ramos de Alencar, Anna Luiza Nunes Placco, Paulo Roberto Teixeira
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2012-08-01
Series:Revista de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102012000400012
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Prevalência e vulnerabilidade à infecção pelo HIV de moradores de rua em São Paulo, SP Prevalencia y vulnerabilidad a la infección por VIH en personas que viven en la calle en Sao Paulo, Brasil Prevalence and vulnerability of homeless people to HIV infection in São Paulo, Brazil
Revista de Saúde Pública
Personas sin Hogar
Infecciones por VIH, epidemiologia
Factores de Riesgo
Seroprevalencia de VIH
Serodiagnóstico de la Sífilis
Vulnerabilidad en Salud
Enfermedades de Transmisión Sexual, epidemiología
Sem-Teto
Infecções por HIV, epidemiologia
Fatores de Risco
Soroprevalência de HIV
Sorodiagnóstico da Sífilis
Vulnerabilidade em Saúde
Doenças Sexualmente Transmissíveis, epidemiologia
Homeless Persons
HIV Infections, epidemiology
Risk Factors
HIV Seroprevalence
Syphilis Serodiagnosis
Health Vulnerability
Sexually Transmitted Diseases, epidemiology
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1518-8787
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description OBJETIVO: Analisar a prevalência e o perfil de vulnerabilidade ao HIV de moradores de rua. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra não probabilística de 1.405 moradores de rua usuários de instituições de acolhimento de São Paulo, SP, de 2006 a 2007. Foi realizado teste anti-HIV e aplicado questionário estruturado. O perfil de vulnerabilidade foi analisado pela frequência do uso do preservativo, considerando mais vulneráveis os que referiram o uso nunca ou às vezes. Foram utilizadas regressões logística e multinomial para estimar as medidas de efeito e intervalos de 95% de confiança. RESULTADOS: Houve predominância do sexo masculino (85,6%), média de 40,9 anos, ter cursado o ensino fundamental (72,0%) e cor não branca (71,5%). A prática homo/bissexual foi referida por 15,7% e a parceria ocasional por 62,0%. O número médio de parcerias em um ano foi de 5,4 e mais da metade (55,7%) referiu uso de drogas na vida, dos quais 25,7% relataram uso frequente. No total, 39,6% mencionaram ter tido uma doença sexualmente transmissível e 38,3% relataram o uso do preservativo em todas as relações sexuais. A prevalência do HIV foi de 4,9% (17,4% dos quais apresentaram também sorologia positiva para sífilis). Pouco mais da metade (55,4%) tinha acesso a ações de prevenção. A maior prevalência do HIV esteve associada a ser mais jovem (OR 18 a 29 anos = 4,0 [IC95% 1,54;10,46]), história de doença sexualmente transmissível (OR = 3,3 [IC95% 1,87;5,73]); prática homossexual (OR = 3,0 [IC95% 1,28;6,92]) e à presença de sífilis (OR = 2,4 [IC95% 1,13;4,93]). O grupo de maior vulnerabilidade foi caracterizado por ser mulher, jovem, ter prática homossexual, número reduzido de parcerias, parceria fixa, uso de drogas e álcool e não ter acesso a ações de prevenção e apoio social. CONCLUSÕES: O impacto da epidemia entre moradores de rua é elevado, refletindo um ciclo que conjuga exclusão, vulnerabilidade social e acesso limitado à prevenção.<br>OBJETIVO: Analizar la prevalencia y el perfil de vulnerabilidad al VIH en personas que viven en la calle. MÉTODOS: Estudio transversal con muestra no probabilística de 1.405 personas que viven en la calle y que acuden a albergues de Sao Paulo, Sureste de Brasil, de 2006 a 2007. Se realizó prueba anti-VIH y se aplicó cuestionario estructurado. El perfil de vulnerabilidad fue analizado por la frecuencia de uso del preservativo, considerando más vulnerables a los que relataron no haberlo usado nunca o a veces. Se utilizaron regresiones logística y multinomial para estimar las medidas de efecto e intervalos de 95% de confianza. RESULTADOS: Hubo predominancia del sexo masculino (85,6%), promedio de 40,9 años, haber cursado educación primaria (72,0%) y no tener color blanco (71,5%). La práctica homo/bisexual fue relatada por 15,7% y la pareja ocasional por 62,0%. El número promedio de parejas en un año fue de 5,4 y más de la mitad (55,7%) narraron uso de drogas en la vida, de los cuales 25,7% lo hicieron de forma frecuente. En total, 39,6% mencionaron haber tenido una enfermedad sexualmente transmisible y 38,3% contaron el uso de preservativo en todas las relaciones sexuales. La prevalencia de VIH fue de 4,9% (17,4% de los cuales presentaron también serología positiva para sífilis). Poco más de la mitad (55,4%) tenía acceso a acciones de prevención. La mayor prevalencia del VIH estuvo asociada a ser más joven (OR 18 a 29 años = 4,0 [IC95% 1,54;10,46]), historia de enfermedad sexualmente transmisible (OR = 3,3 [IC95% 1,87;5,73]); práctica homosexual (OR = 3,0 [IC95% 1,28;6,92]) y a la presencia de sífilis (OR = 2,4 [IC95% 1,13;4,93]). El grupo de mayor vulnerabilidad fue caracterizado por ser mujer, joven, tener práctica homosexual, número reducido de parejas, pareja fija, uso de drogas y alcohol y no tener acceso a acciones de prevención y apoyo social. CONCLUSIONES: El impacto de la epidemia entre las personas que viven en la calle es elevado, reflejando un ciclo que conjuga exclusión, vulnerabilidad social y acceso limitado a la prevención.<br>OBJECTIVE: To assess the prevalence and vulnerability of homeless people to HIV infection. METHODS: Cross-sectional study conducted with a non-probabilistic sample of 1,405 homeless users of shelters in the city of São Paulo, southeastern Brazil, from 2006 to 2007. They were all tested for HIV and a structured questionnaire was applied. Their vulnerability to HIV was determined by the frequency of condom use: those who reported using condoms only occasionally or never were considered the most vulnerable. Multinomial and logistic regression models were used to estimate effect measures and 95% confidence intervals. RESULTS: There was a predominance of males (85.6%), with a mean age of 40.9 years, 72.0% had complete elementary schooling, and 71.5% were non-white. Of all respondents, 15.7% reported being homosexual or bisexual and 62,0% reported having casual sex. The mean number of sexual partners in the last 12 months was 5.4. More than half (55.7%) of the respondents reported lifetime drug use, while 25.7% reported frequent use. Sexually-transmitted disease was reported by 39.6% of the homeless and 38.3% reported always using condoms. The prevalence of HIV infection was 4.9% (17.4% also tested positive for syphilis) and about half of the respondents (55.4%) had access to prevention programs. Higher HIV prevalence was associated with younger age (18-29 years, OR = 4.0 [95%CI 1.54;10.46]); past history of sexually-transmitted disease (OR = 3.3 [95%CI 1.87;5.73]); homosexual sex (OR = 3.0 [95%CI 1.28;6.92]); and syphilis (OR = 2.4 [95%CI 1.13;4.93]). Increased vulnerability to HIV infection was associated with being female; young; homosexual sex; having few partners or a steady partner; drug and alcohol use; not having access to prevention programs and social support. CONCLUSIONS: The HIV epidemic has a major impact on homeless people reflecting a cycle of exclusion, social vulnerability, and limited access to prevention.
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Seroprevalencia de VIH
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Infecções por HIV, epidemiologia
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Soroprevalência de HIV
Sorodiagnóstico da Sífilis
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Doenças Sexualmente Transmissíveis, epidemiologia
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O perfil de vulnerabilidade foi analisado pela frequência do uso do preservativo, considerando mais vulneráveis os que referiram o uso nunca ou às vezes. Foram utilizadas regressões logística e multinomial para estimar as medidas de efeito e intervalos de 95% de confiança. RESULTADOS: Houve predominância do sexo masculino (85,6%), média de 40,9 anos, ter cursado o ensino fundamental (72,0%) e cor não branca (71,5%). A prática homo/bissexual foi referida por 15,7% e a parceria ocasional por 62,0%. O número médio de parcerias em um ano foi de 5,4 e mais da metade (55,7%) referiu uso de drogas na vida, dos quais 25,7% relataram uso frequente. No total, 39,6% mencionaram ter tido uma doença sexualmente transmissível e 38,3% relataram o uso do preservativo em todas as relações sexuais. A prevalência do HIV foi de 4,9% (17,4% dos quais apresentaram também sorologia positiva para sífilis). Pouco mais da metade (55,4%) tinha acesso a ações de prevenção. A maior prevalência do HIV esteve associada a ser mais jovem (OR 18 a 29 anos = 4,0 [IC95% 1,54;10,46]), história de doença sexualmente transmissível (OR = 3,3 [IC95% 1,87;5,73]); prática homossexual (OR = 3,0 [IC95% 1,28;6,92]) e à presença de sífilis (OR = 2,4 [IC95% 1,13;4,93]). O grupo de maior vulnerabilidade foi caracterizado por ser mulher, jovem, ter prática homossexual, número reduzido de parcerias, parceria fixa, uso de drogas e álcool e não ter acesso a ações de prevenção e apoio social. CONCLUSÕES: O impacto da epidemia entre moradores de rua é elevado, refletindo um ciclo que conjuga exclusão, vulnerabilidade social e acesso limitado à prevenção.<br>OBJETIVO: Analizar la prevalencia y el perfil de vulnerabilidad al VIH en personas que viven en la calle. MÉTODOS: Estudio transversal con muestra no probabilística de 1.405 personas que viven en la calle y que acuden a albergues de Sao Paulo, Sureste de Brasil, de 2006 a 2007. Se realizó prueba anti-VIH y se aplicó cuestionario estructurado. El perfil de vulnerabilidad fue analizado por la frecuencia de uso del preservativo, considerando más vulnerables a los que relataron no haberlo usado nunca o a veces. Se utilizaron regresiones logística y multinomial para estimar las medidas de efecto e intervalos de 95% de confianza. RESULTADOS: Hubo predominancia del sexo masculino (85,6%), promedio de 40,9 años, haber cursado educación primaria (72,0%) y no tener color blanco (71,5%). La práctica homo/bisexual fue relatada por 15,7% y la pareja ocasional por 62,0%. El número promedio de parejas en un año fue de 5,4 y más de la mitad (55,7%) narraron uso de drogas en la vida, de los cuales 25,7% lo hicieron de forma frecuente. En total, 39,6% mencionaron haber tenido una enfermedad sexualmente transmisible y 38,3% contaron el uso de preservativo en todas las relaciones sexuales. La prevalencia de VIH fue de 4,9% (17,4% de los cuales presentaron también serología positiva para sífilis). Poco más de la mitad (55,4%) tenía acceso a acciones de prevención. La mayor prevalencia del VIH estuvo asociada a ser más joven (OR 18 a 29 años = 4,0 [IC95% 1,54;10,46]), historia de enfermedad sexualmente transmisible (OR = 3,3 [IC95% 1,87;5,73]); práctica homosexual (OR = 3,0 [IC95% 1,28;6,92]) y a la presencia de sífilis (OR = 2,4 [IC95% 1,13;4,93]). El grupo de mayor vulnerabilidad fue caracterizado por ser mujer, joven, tener práctica homosexual, número reducido de parejas, pareja fija, uso de drogas y alcohol y no tener acceso a acciones de prevención y apoyo social. CONCLUSIONES: El impacto de la epidemia entre las personas que viven en la calle es elevado, reflejando un ciclo que conjuga exclusión, vulnerabilidad social y acceso limitado a la prevención.<br>OBJECTIVE: To assess the prevalence and vulnerability of homeless people to HIV infection. METHODS: Cross-sectional study conducted with a non-probabilistic sample of 1,405 homeless users of shelters in the city of São Paulo, southeastern Brazil, from 2006 to 2007. They were all tested for HIV and a structured questionnaire was applied. Their vulnerability to HIV was determined by the frequency of condom use: those who reported using condoms only occasionally or never were considered the most vulnerable. Multinomial and logistic regression models were used to estimate effect measures and 95% confidence intervals. RESULTS: There was a predominance of males (85.6%), with a mean age of 40.9 years, 72.0% had complete elementary schooling, and 71.5% were non-white. Of all respondents, 15.7% reported being homosexual or bisexual and 62,0% reported having casual sex. The mean number of sexual partners in the last 12 months was 5.4. More than half (55.7%) of the respondents reported lifetime drug use, while 25.7% reported frequent use. 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CONCLUSIONS: The HIV epidemic has a major impact on homeless people reflecting a cycle of exclusion, social vulnerability, and limited access to prevention.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102012000400012Personas sin HogarInfecciones por VIH, epidemiologiaFactores de RiesgoSeroprevalencia de VIHSerodiagnóstico de la SífilisVulnerabilidad en SaludEnfermedades de Transmisión Sexual, epidemiologíaSem-TetoInfecções por HIV, epidemiologiaFatores de RiscoSoroprevalência de HIVSorodiagnóstico da SífilisVulnerabilidade em SaúdeDoenças Sexualmente Transmissíveis, epidemiologiaHomeless PersonsHIV Infections, epidemiologyRisk FactorsHIV SeroprevalenceSyphilis SerodiagnosisHealth VulnerabilitySexually Transmitted Diseases, epidemiology