O DISCURSO COLONIZADOR CAMUFLADO DE CIÊNCIA NA AMAZÔNIA DO SÉCULO 19
O presente artigo tem por objetivo discutir a(s) maneira (s) em que o discurso científico que estava em destaque na Europa chega a Amazônia dos Oitocentos e passa a fazer parte de um conjunto de mecanismos de colonização. Diante de um cenário em que buscavam desvendar os mistérios sobre a origem das...
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Universidade Federal do Acre
2021-06-01
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doaj-3b76e29f096647489c69506a910967802021-06-22T20:19:01ZporUniversidade Federal do AcreDas Amazônias2674-59682021-06-01416274O DISCURSO COLONIZADOR CAMUFLADO DE CIÊNCIA NA AMAZÔNIA DO SÉCULO 19Déborah Tays Silva dos Santos0https://orcid.org/0000-0001-6088-7721Universidade Federal do Amazonas (UFAM)O presente artigo tem por objetivo discutir a(s) maneira (s) em que o discurso científico que estava em destaque na Europa chega a Amazônia dos Oitocentos e passa a fazer parte de um conjunto de mecanismos de colonização. Diante de um cenário em que buscavam desvendar os mistérios sobre a origem das espécies e, no Brasil, definir a identidade nacional partimos do problema de que esse discurso tece teorias baseadas em ideias imperialistas e racistas que influenciaram e influenciam na construção de um espaço representado pelo atraso e composto por indivíduos selvagens. A Amazônia ocupará chamará a atenção das civilizações do velho mundo, posto que aqueles que detivessem o controle dessa imensa região rica em recursos naturais e uma possível mão de obra significava estar no topo do sistema imperialista. Para entender como esse discurso científico ganha destaque e passa a legitimar ações colonizadoras analisamos as obras de alguns intelectuais como Lilian Schwarcz (1993), Hideraldo Costa (2013), Neide Gondim (2019) e Márcio Souza (2019). Bem como revisitamos as produções de um dos viajantes que esteve na Amazônia neste período e produziu um vasto material sobre a região, Henry Walter Battes (1848-1859). Ao longo deste estudo nota-se como esses discursos construídos sobre as primícias da ciência irão se tornar a base das justificativas para ações de dominação e colonização do espaço e do ser amazônico.https://periodicos.ufac.br/index.php/amazonicas/article/view/4842/2776amazôniaciênciacolonizaçãodiscurso |
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O presente artigo tem por objetivo discutir a(s) maneira (s) em que o discurso científico que estava em destaque na Europa chega a Amazônia dos Oitocentos e passa a fazer parte de um conjunto de mecanismos de colonização. Diante de um cenário em que buscavam desvendar os mistérios sobre a origem das espécies e, no Brasil, definir a identidade nacional partimos do problema de que esse discurso tece teorias baseadas em ideias imperialistas e racistas que influenciaram e influenciam na construção de um espaço representado pelo atraso e composto por indivíduos selvagens. A Amazônia ocupará chamará a atenção das civilizações do velho mundo, posto que aqueles que detivessem o controle dessa imensa região rica em recursos naturais e uma possível mão de obra significava estar no topo do sistema imperialista. Para entender como esse discurso científico ganha destaque e passa a legitimar ações colonizadoras analisamos as obras de alguns intelectuais como Lilian Schwarcz (1993), Hideraldo Costa (2013), Neide Gondim (2019) e Márcio Souza (2019). Bem como revisitamos as produções de um dos viajantes que esteve na Amazônia neste período e produziu um vasto material sobre a região, Henry Walter Battes (1848-1859). Ao longo deste estudo nota-se como esses discursos construídos sobre as primícias da ciência irão se tornar a base das justificativas para ações de dominação e colonização do espaço e do ser amazônico. |
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