Tratamento endovascular da hipertensão arterial renovascular em idade pediátrica
Introdução: A hipertensão renovascular constitui uma causa rara de hipertensão arterial na criança. A publicação dos resultados das intervenções percutâneas endovasculares em crianças com hipertensão arterial é escassa. Os autores tiveram como objetivo avaliar a eficácia e a segurança do tratament...
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Sociedade Portuguesa de Pediatria
2013-05-01
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Series: | Portuguese Journal of Pediatrics |
Online Access: | https://pjp.spp.pt//article/view/1028 |
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doaj-3c696cccd9d7408eb680c670f088bc862020-11-25T02:35:55ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332013-05-0143610.25754/pjp.2012.1028Tratamento endovascular da hipertensão arterial renovascular em idade pediátricaAlberto Berenguer0Marta Contreiras1Carolina Constant2Nuno Carvalho3Rui Anjos4Hospital Dr. Nélio Mendonça - Funchal Serviço de PediatriaHospital Beatriz Ângelo Serviço de PediatriaCentro Hospitalar Lisboa Norte, EPE Departamento de Pediatria do Hospital Santa Maria Serviço de Pediatria do Hospital de Santa MariaCentro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE Hospital de anta Cruz Serviço de Cardiologia PediátricaCentro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE Hospital de anta Cruz Serviço de Cardiologia Pediátrica Introdução: A hipertensão renovascular constitui uma causa rara de hipertensão arterial na criança. A publicação dos resultados das intervenções percutâneas endovasculares em crianças com hipertensão arterial é escassa. Os autores tiveram como objetivo avaliar a eficácia e a segurança do tratamento endovascular da hipertensão renovascular em idade pediátrica. Metodologia: Estudo retrospetivo, unicêntrico, de doentes com idade inferior a 18 anos, com hipertensão renovascular, submetidos a tratamento endovascular entre 1997 e 2011. Foram incluídos transplantados renais e portadores de doenças sistémicas. Resultados: Foram tratados sete doentes. A média de idade foi de oito anos. Todos apresentavam hipertensão arterial grave sob terapêutica farmacológica múltipla. Clinicamente, apresentaram-se com cefaleias (n=3), agravamento de hipertensão arterial conhecida (n=1) ou assintomáticos (n=3). A angiografia renal confirmou estenose artéria renal unilateral em seis doentes e bilateral num caso. Três doentes apresentaram alterações compatíveis com displasia fibromuscular. Os restantes tinham patologia sistémica associada: arterite de Takayasu (n=1), neurofibromatose (n=2) e cistinose nefropática (n=1). Foram efetuadas treze intervenções percutâneas endovasculares. A mediana do follow-up foi de 26 meses. Três doentes ficaram normotensos e dois apresentaram melhoria da hipertensão arterial. O tratamento foi ineficaz em dois doentes, ambos com patologia sistémica associada e com necessidade de nefrectomia no follow-up. Não ocorreram complicações major ou mortalidade relacionada com o procedimento. Conclusões: A angioplastia percutânea constituiu uma técnica segura e uma boa opção terapêutica, de primeira linha, em particular nos casos estenose da artéria renal por displasia fibromuscular. Nas situações secundárias a doença sistémica os resultados são variáveis dependendo da etiologia e gravidade da situação. Palavras chave: Hipertensão renovascular, tratamento endovascular, criança https://pjp.spp.pt//article/view/1028 |
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Introdução: A hipertensão renovascular constitui uma causa rara de hipertensão arterial na criança. A publicação dos resultados das intervenções percutâneas endovasculares em crianças com hipertensão arterial é escassa. Os autores tiveram como objetivo avaliar a eficácia e a segurança do tratamento endovascular da hipertensão renovascular em idade pediátrica.
Metodologia: Estudo retrospetivo, unicêntrico, de doentes com idade inferior a 18 anos, com hipertensão renovascular, submetidos a tratamento endovascular entre 1997 e 2011. Foram incluídos transplantados renais e portadores de doenças sistémicas.
Resultados: Foram tratados sete doentes. A média de idade foi de oito anos. Todos apresentavam hipertensão arterial grave sob terapêutica farmacológica múltipla. Clinicamente, apresentaram-se com cefaleias (n=3), agravamento de hipertensão arterial conhecida (n=1) ou assintomáticos (n=3). A angiografia renal confirmou estenose artéria renal unilateral em seis doentes e bilateral num caso. Três doentes apresentaram alterações compatíveis com displasia fibromuscular. Os restantes tinham patologia sistémica associada: arterite de Takayasu (n=1), neurofibromatose (n=2) e cistinose nefropática (n=1). Foram efetuadas treze intervenções percutâneas endovasculares. A mediana do follow-up foi de 26 meses. Três doentes ficaram normotensos e dois apresentaram melhoria da hipertensão arterial. O tratamento foi ineficaz em dois doentes, ambos com patologia sistémica associada e com necessidade de nefrectomia no follow-up. Não ocorreram complicações major ou mortalidade relacionada com o procedimento.
Conclusões: A angioplastia percutânea constituiu uma técnica segura e uma boa opção terapêutica, de primeira linha, em particular nos casos estenose da artéria renal por displasia fibromuscular. Nas situações secundárias a doença sistémica os resultados são variáveis dependendo da etiologia e gravidade da situação.
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