O belo vai ao cinema

Apesar da crescente atenção que vem recebendo dos comentadores kantianos nas últimas décadas, a Crítica da faculdade de julgar não parece desfrutar da mesma popularidade entre as linhas de pesquisa dedicadas à abordagem da arte. contemporânea. Com sua ênfase na análise de representações do sujeito,...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Vladimir Vieira
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal Fluminense 2007-04-01
Series:Viso
Subjects:
Online Access:http://revistaviso.com.br/ojs/index.php/viso/article/view/35
Description
Summary:Apesar da crescente atenção que vem recebendo dos comentadores kantianos nas últimas décadas, a Crítica da faculdade de julgar não parece desfrutar da mesma popularidade entre as linhas de pesquisa dedicadas à abordagem da arte. contemporânea. Com sua ênfase na análise de representações do sujeito, a obra do filósofo alemão parece a muitos inadequada para interpretar as peculiares manifestações estéticas do século XX. Neste artigo, procuro mostrar que este pressuposto é falso, e que a estética kantiana ainda pode ser legitimamente empregada para compreender a natureza de certos fenômenos artísticos contemporâneos. Para tanto, utilizo distinções estabelecidas na “Analítica do belo” – seção da terceira crítica consagrada à categoria da beleza – como base para a interpretação do filme Cidades dos sonhos (2001), de David Lynch.
ISSN:1981-4062