Summary: | Objetivos: Avaliar a prevalência de soropositividade para toxoplasmose em gestantes, investigar os desfechos clínicos e a prevalência da toxoplasmose congênita e verificar a utilidade da triagem de rotina para Toxoplasma gondii em parturientes. Métodos: Estudo prospectivo incluindo todas as mães e seus respectivos recém-nascidos vivos, durante os 12 primeiros meses de implantação, em uma maternidade, de uma rotina de triagem para toxoplasmose em parturientes. Resultados: Foi avaliado o estado imunológico para toxoplasmose em 2. 477 (98,5%) entre as 2. 513 mães de recém-nascidos vivos durante o período do estudo. Destas, 810 (32,7%; IC 95% 30,9-34,6%) eram suscetíveis e 1. 667 (67. 3%; IC 95% 65,4-69,1%) eram imunes. Foram diagnosticados três casos de toxoplasmose congênita apenas pela sorologia materna na hora do parto, sendo que os três pacientes apresentavam lesões ativas de retinocoroidite toxoplásmica A prevalência de toxoplasmose congênita foi de 12/10. 000 (IC 95%: 6/10. 000-21/10. 000). Conclusões: A sorologia materna no momento do parto foi útil na identificação precoce de casos de toxoplasmose congênita que teriam passado despercebidos no período neonatal, permitindo o tratamento precoce de bebês com retinocoroidite. Nesta população, a elevada prevalência encontrada, tanto de anticorpos anti-Toxoplasma gondii nas gestantes, quanto de toxoplasmose congênita, justificam um programa de triagem pré-natal
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