Summary: | O presente artigo possui como objetivo discutir os efeitos da distribuição das escolas, levando em consideração as tensões entre a racionalização estatística, a arte administrativa do Estado e os mecanismos de distinção e seleção constituídos pelos grupos sociais como formas de sobrevivência e promoção social. Focalizam-se três momentos da relação entre escola e cidade: o da instalação, o da manutenção e o da consolidação da escola em determinada região. Por meio de documentos relacionados a casos das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo no século XIX, observa-se que famílias e grupos sociais participam ativamente na seleção e na hierarquização da oferta, bem como na orientação da demanda por escolas públicas. Conclui-se, diante disso,que a localização geográfica de uma unidade escolar não é o único fator determinante da configuração do público que a frequenta.
|