INTERESSE E CONVENÇÃO: A TEORIA HUMEANA DA JUSTIÇA E A CRÍTICA AO CONTRATUALISMO

Pretende-se analisar neste artigo a distinção, feita por Hume, entre convenção e contrato, bem como suas consequências para sua teoria da justiça. Além disso, partindo da discussão quanto ao caráter histórico e artificial da justiça, na filosofia humeana, pretende-se investigar qual o tipo de racion...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Andrea Cachel
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Sergipe 2017-06-01
Series:Prometeus: Filosofia em Revista
Online Access:https://seer.ufs.br/index.php/prometeus/article/view/6591
Description
Summary:Pretende-se analisar neste artigo a distinção, feita por Hume, entre convenção e contrato, bem como suas consequências para sua teoria da justiça. Além disso, partindo da discussão quanto ao caráter histórico e artificial da justiça, na filosofia humeana, pretende-se investigar qual o tipo de racionalidade recusada como fundamento das distinções morais e em que medida isso atinge as teorias contratualistas. Nesse sentido, o texto procura apontar como Hume fundamenta o princípio pacta sunt servanda na constituição de um sistema geral de referência, ou seja, numa pressuposição implícita de cumprimento mútuo de acordos. Para tanto, indaga a distinção entre o interesse envolvido na origem da justiça e as paixões naturais da benevolência e do amor próprio, ou seja, dedica-se a compreender o sentido específico da artificialidade da justiça, em sua conexão com a composição do juízo de aprovação dos atos justos.
ISSN:2176-5960