“Novas” questões na teoria da restauração do patrimônio urbano: identidades culturais, função social e participação dos usuários

O conjunto de conceitos desenvolvidos na Itália por Cesare Brandi a partir do segundo pós-guerra e consolidado na sua Teoria del Restauro de 1963 se baseia na crença de que o conhecimento especializado dos historiadores e críticos de arte lhes permite separar os bens culturais que devem ser preserva...

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Bibliographic Details
Main Author: Nivaldo Vieira de Andrade Junior
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Campinas 2013-04-01
Series:PARC: Pesquisa em Arquitetura e Construção
Subjects:
Online Access:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8634559
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spelling doaj-46a9f56578d14940a2c76c6ec046a35c2021-06-21T13:38:24ZporUniversidade Estadual de CampinasPARC: Pesquisa em Arquitetura e Construção1980-68092013-04-014110.20396/parc.v4i1.86345592466“Novas” questões na teoria da restauração do patrimônio urbano: identidades culturais, função social e participação dos usuáriosNivaldo Vieira de Andrade Junior0Universidade Federal da Bahia, Faculdade de ArquiteturaO conjunto de conceitos desenvolvidos na Itália por Cesare Brandi a partir do segundo pós-guerra e consolidado na sua Teoria del Restauro de 1963 se baseia na crença de que o conhecimento especializado dos historiadores e críticos de arte lhes permite separar os bens culturais que devem ser preservados para as gerações futuras – as obras de arte – dos demais artefatos humanos. A teoria brandiana se constitui ainda hoje na teoria da restauração mais difundida e aceita nos meios especializados, no Brasil; trata-se, porém, de uma teoria que, além de pretender aplicar conceitos desenvolvidos para objetos pontuais em estruturas muito mais complexas, como sítios urbanos de valor cultural, habitados por milhares de pessoas e abrigando atividades econômicas diversas, desconsidera, em boa medida, as transformações culturais ocorridas a partir dos anos 1960. Este artigo se baseia na análise de dois confrontos: por um lado, entre a teoria brandiana e outros discursos surgidos posteriormente; por outro, uma análise dos embates observados atualmente no Brasil entre as práticas de preservação dos órgãos públicos de patrimônio e as relações estabelecidas entre os usuários diretos dos bens culturais e estes bens. A partir destes dois níveis de conflito – entre discursos teóricos e entre práticas de preservação –, serão problematizadas algumas questões, visando provocar um debate sobre os possíveis caminhos da restauração na contemporaneidade.https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8634559Patrimônio edificado. Participação social. Função social. Identidades culturais.
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